A Tragédia de Brumadinho vista de outro ângulo.

Geologicamente falando, as providencias das autoridades responsáveis pelo assunto estão mal aconselhados e na contramão do que deve ser feito.

Precisamos ter em mente que o importante do panorama da tragédia não são os habitantes e comerciantes da região. O importante é a mina e seus produtos. É a mina que gera empregos, negócios em todos os níveis e desenvolve a região. Em torno dela é que gravitam os outros negócios. Não se pode “matar” a mina pois, quem perde é o Brasil inteiro.


O que faltou em Brumadinho e em toda parte onde se repete a paisagem exploratória, seja de minérios ou de petróleo, é um planejamento adequado a ser feito de acordo com a natureza e não com sentimentos humanos, de modo geral baseados em lendas e tradições de origens religiosas que se traduzem em ignorância.


Nada do que aconteceu teria acontecido se os responsáveis pelo desenvolvimento do trabalho minerário soubessem de um detalhe geológico simples, mas importantíssimo: tudo o que se faz ou se produz sobre os continentes, cedo ou tarde, vai para dentro do mar, exatamente através das águas dos rios. Isto quer dizer que NÃO se pode parar um rio em qualquer parte dos continentes em todo o globo terrestre. Ele tem de chegar ao mar.


A indústria mineraria que se prática na área em evidência (Brumadinho), requer o uso da água e essa água, suja ou limpa, tem de chegar ao mar. A solução do problema é NÃO BARRAR A ÁGUA DA LAVAGEM DA MINERAÇÃO! Deixa-la seguir seu caminho para o mar pela via da drenagem natural ate se depositar no mar. Se for feita a barragem da água, ela chegara ao mar, da mesma maneira, apenas que pela via do desastre que ocorreu. Quantas barragens houverem na região das minerações, tantos desastres irão acontecer.


Estamos tratando de um problema geológico sem saber Geologia. A solução dada por ambientalistas e ecologistas como se intitulam pessoas que cuidam do mesmo assunto, sem conhecer processos de sedimentação, gera desastres como em Mariana e Brumadinho.


O importante do problema é que as companhias que beneficiam o minério não podem ser penalizadas porque algumas pessoas se sentem mal diante do que ela faz. Ela, a companhia, é que gera empregos, movimenta a economia, expande o progresso, moderniza a vida social da região e principalmente, paga impostos ao governo para melhorar a educação, e o status social da nação. Não há nenhum prejuízo social ou ambiental se o assunto for gerido por geólogos e não por amadores.


Finalmente, esta ideia (drenagem lenta) deve ser aplicada às outras barragens existentes nesta e em outras regiões, para evitar novas cenas lamentáveis, apenas porque se desconhecem os processos da natureza.

Anderson Caio Soares

Anderson Caio Soares