Geologia e o Clima da Terra

O clima da Terra, é uma função de diversos fatores geológicos. Tais fatores são próprios do fato simples da Terra girar ao redor de um ponto fixo, o Sol, com seu eixo de rotação inclinado em um ângulo fixo relativo ao plano de giro. Importante frisar também, que não há qualquer possibilidade de haver interferência humana em qualquer parte do processo. Equivale dizer que, ambientalismo e ambientalistas, preservacionismo e preservacionistas, são tolices coletivas.

Consideramos como fatores principais:
(ver figura)

      • O Sol, a usina central fornecedora da energia.
      • Combinação dos movimentos de translação e rotação da Terra frente ao Sol.
      • A inclinação do eixo de rotação (23o27’) relativo ao equador de iluminação, ângulo igual ao formado entre a eclíptica e o equador da Terra.

Classificamos como fatores subsidiários:

      • A distribuição da massa rochosa e aquosa que forma a geografia do planeta.
      • A esfericidade do globo terrestre.
      • A maior distância percorrida pelo globo durante o afélio.
      • A espessura da atmosfera, que aumenta ao afastamento do FIM (Foco de Intensidade Máxima).

Fundamentalmente, o clima da Terra é uma função de todos os fatores acima mencionados. A divisão que fizemos é apenas para facilitar a descrição e compreensão do fenômeno geral.

Vamos detalhar a interação desses fatores e os fenômenos deles resultantes, observando a figura de referência.

Dito anteriormente o plano do equador da Terra faz um ângulo de 23º27’ relativo à eclíptica, determinando ângulo de mesma abertura entre o eixo de rotação e o equador de iluminação.

Essa mesma configuração repete-se na esfera celestial. Passando pelo centro do Sol traça-se o Equador Celestial que se projeta nas estrelas e divide o espaço cósmico em duas partes: hemisfério celestial norte e sul uma estrutura fixa do espaço. O Equador Celestial faz ângulo de 23º 27’ com a eclíptica. Ter em conta que temos duas configurações geométricas exatamente iguais. A primeira traçada pelo Sol é fixa, e a segunda traçada na Terra é móvel, pois se movimenta com o planeta. Esta configuração é importantíssima para compreender o que se passa na Terra com o título de clima.

O eixo de rotação da Terra tem posição fixa relativa ao movimento de rotação (movimento rápido, diário), mas muda de posição em relação ao Sol, conforme de desenvolve o movimento da translação (movimento lento, anual)[1].

Como resultado dessa combinação da posição do eixo com o movimento de translação do globo marca-se na trajetória da eclíptica quatro pontos definidos: dois no eixo maior e dois no menor. Equivale dizer que uma volta completa ao redor do Sol, ao longo da sua trajetória no plano da eclíptica, ela, a Terra, passa por quatro pontos distintos. Os dois pontos que ficam no eixo maior são chamados de solstícios  (movimentos de chegada e saída), e dois no eixo menor, os equinócios, movimentos de passagem no equador celestial.

Essas quatro posições do globo ao longo da sua trajetória sobre o plano da eclíptica determinam os quatro pontos notáveis: dois solstícios, que chamaremos de pontos principais, situados no eixo maior da trajetória, e dois intermediários, chamados equinócios, situados no eixo menor, que são pontos de transição entre os dois pontos principais. Na primeira metade da trajetória entre dois equinócios, que inclui o afélio, o eixo da Terra converge para o Sol ao norte. Na segunda metade, quando entre os dois equinócios se inclui o periélio, o eixo da Terra converge para o Sol ao sul. Durante o breve momento dos equinócios o eixo da Terra não converge ao Sol[2].

Os Solstícios são chamados de pontos principais porque são os pontos de retorno (chegada e saida), e sofrem o efeito da insolação duplamente, enquanto os dois equinócios são pontos de passagem extremamente fugazes, levando em consideração a velocidade orbital da Terra de 29,78 Km/seg.

Ter em conta que mesmo sendo uma órbita quase circular há uma diferença de 2 (5 x 106 km) de distância focal na elipse da órbita que tem de ser percorrida no mesmo tempo que a parte circular correspondente ao periélio. Por isso há uma variação na velocidade do planeta na parte da elipse entre os dois equinócios que contêm o afélio, tudo conforme as  Leis de Kepler.

Na figura, por questões didáticas, foi desenhado um círculo auxiliar para evidenciar a Área de Intensidade Máxima dos raios solares (AIM) sobre a superfície da Terra. Nesse círculo incidem verticalmente aqueles raios em área aproximadamente plana na Terra[3].

Tal círculo é determinado por um feixe de raios solares, que será chamado de Foco de Insolação Máxima. A AIM (Área de Insolação Máxima) é um círculo com 2.608,5 km de raio que cobre uma área de 21.365.414 km2, cujo centro é, também, o ponto da Terra mais próximo do Sol. Uma figura em movimento ilustra bem essa área.

Ao longo do ano a AIM (Área de Insolação Máxima) faz um ciclo completo de ida e volta ao equinócio de março, completando um ano tropical, que pode ser assim resumido:

  • Em março, quando a Terra passa no nó de subida,  é marcado pelos astrônomos como o fim do verão e início do outono no hemisfério sul, e fim do inverno e início da primavera no hemisfério norte. Neste fugaz momento o dia e a noite são iguais, pois o Sol ilumina igualmente ambos os hemisférios, e na figura plana ilumina o eixo da rotação por inteiro. Inicia-se o degelo do polo ártico e o enregelamento do polo antártico. Os dias ficam gradativamente mais longos no hemisfério norte e proporcionalmente mais curtos no hemisfério sul.
  • Em junho a inclinação do eixo de rotação é máxima ao norte e o plano da eclíptica tangencia o Trópico de Câncer, marcado a 23o27’N. Este ponto, astronomicamente falando, marca o início do verão no hemisfério norte e início do inverno no hemisfério sul. Com o aumento da latitude os dias são longos no hemisfério norte e no círculo polar ártico o sol não se põe, com dias de 24 horas durante certo período. No hemisfério sul, com o aumento da latitude as noites são mais longas e no círculo antártico o sol não aparece, com noites de 24 horas durante breve espaço de tempo. O enregelamento é máximo ao sul e o degelo é máximo ao norte
  • Em setembro a Terra passa pelo nó de descida, ou seja, o Sol passa do hemisfério celestial norte para o hemisfério celestial sul, e isso, astronomicamente, equivale ao fim do outono no hemisfério norte e início da primavera no hemisfério sul. O eixo de rotação da Terra fica, de novo, totalmente iluminado, quando há o breve momento em que o dia dura exatamente igual a noite. É o momento do equinócio, o momento de equilíbrio entre o dia e a noite em todas as latitudes. Inicia-se o enregelamento do ártico e o degelo no antártico.
  • Em dezembro, a inclinação do eixo de rotação é máxima na direção do Sol pela extremidade sul, e a eclíptica tangencia o paralelo 23o27’S, chamado Trópico de Capricórnio, o ponto da Terra mais próximo do Sol neste exato momento. Este ponto, astronomicamente, marca o início do verão no hemisfério sul e o início do inverno ao norte. Os dias são longos e as noites curtas no hemisfério sul, e nas altas latitudes os dias são de 24 horas durante breve tempo. O degelo é intenso e máximo nas altas latitudes. Ao Norte os dias são curtos e as noites longas e nas altas latitudes, dentro do círculo ártico, a noite é de 24 horas.
  • Finalmente, em março a Terra chega ao ponto onde o ciclo iniciou e começa tudo de novo, como nos primeiros registros existentes no globo terrestre. Confira na figura em movimento a passagem dos meses.

Fica fácil perceber que no círculo da AIM a ação dos raios solares é inclemente, enquanto fora desse círculo a intensidade da insolação é decrescente devido à combinação de três fatores:

      • O aumento da espessura da atmosfera a ser atravessada pelos raios solares
      • A forma esférica da litosfera do planeta 
      • O movimento de rotação.

Esta construção permite entender com mais facilidade o clima da Terra. Existe um foco de energia (não um ponto) produzido pelo Sol que, de maneira constante, incide sobre determinada área da Terra, que por esta razão é a área mais quente do  planeta. Fora do foco de intensidade máxima a intensidade da energia diminui, até a extinção, transformando a superfície do globo em ambiente gelado (intermitentemente, dentro dos círculos polares) sem qualquer energia solar. Queremos então enfatizar este ponto: o clima da Terra, depende deste foco de luz emitido pelo Sol, assim como dependem as outras formas de energia de superfície, como a vida, e de subsuperfície, como o petróleo.


COMO FUNCIONA O SISTEMA NO ESPAÇO.

É necessário que o leitor se coloque como observador espacial e não como habitante da Terra para apreciar o funcionamento da mecânica que rege o fenômeno da variação climática, ou seja, a sucessão das estações ao longo da eclíptica. Posicionado no espaço como na figura, a compreensão de tal funcionamento será facílimo. 

Destacamos dois planos. A um deles demos a cor marrom, cujo centro é o Sol, e o círculo correspondente a este centro é imaginado e traçado nas estrelas. Tal plano, chamado de Equador Celestial, divide  o espaço em dois semi-planos, um ao norte e outro ao sul. A Terra gira no plano da eclíptica (na cor verde), e pode ocupar duas posições relativas ao plano marrom do equador celestial: acima ou abaixo dele. A vertical sobre o Equador Celestial, a partir do Sol, aponta para a Estrela Polar. Esta configuração é fixa no espaço.

A Terra, o ponto móvel do sistema, tem a mesma configuração descrita para o Sol, mas se move ao redor do Sol no plano da eclíptica (na cor de verde), passando duas vezes por ano na linha de contato entre os planos que tomam o nome de nós. Na primeira vez em março toma o nome de nó de subida, quando o globo passa do hemisfério sul para o norte e o Sol passa a aquecer o hemisfério norte da Terra, automaticamente resfriando o hemisfério sul. Na segunda vez em setembro é o nó de descida, e o Sol passa aquecer o hemisfério sul.

Para demonstrar o fenômeno da sucessão das estações do ano observe a figura onde está destacada a área atingida pela insolação, evidenciando ainda a posição do eixo de rotação da Terra durante o movimento de translação do planeta.

Devido a inclinação do eixo de rotação, a insolação é alternada conforme o foco de energia, esteja no hemisfério norte ou no hemisfério sul:

      1. Quando no hemisfério norte, o efeito da energia solar atinge desde o interior do círculo polar ártico até o exterior do círculo antártico, e é máximo entre o equador da Terra e o paralelo 46o 54’ N, que vamos arredondar para 47o sem alterar o raciocínio.
      2. Quando no hemisfério sul, a abrangência da insolação é exatamente a mesma, mas com efeitos inversos: a energia do Sol se fará sentir entre o interior do círculo polar antártico e o exterior do círculo ártico, e é máximo entre o equador da Terra e o paralelo 47o

Todas as outras situações são consequências da situação padrão descrita acima.

Em resumo, o clima da Terra e sua variação consistem na incidência e deslocamento da AIM sobre a região tropical e vizinhanças.

Os efeitos da presença da AIM são abrandados fora do seu limite e são menores à medida que dela se afastam, e se tornam inóspitas ou inabitáveis pelo comportamento oposto, sem qualquer energia em situação de inverno rigoroso.

A condição descrita acima é geologicamente fixa e não existem evidências no campo que indiquem qualquer mudança, desde a solidificação da crosta e mesmo após a fragmentação continental, que modificou a geografia do planeta.

A crosta rochosa modifica-se dependente dos movimentos magmáticos verificados no manto terrestre, elevando-a e abaixando-a, provocando irregularidades topográficas (montanhas), que quanto mais elevadas mais frias se tornam, chegando ao ponto de enregelamento devido à menor pressão atmosférica, acentuando-se essa condição nas áreas situadas em altas latitudes. Não há nenhuma mudança de clima nesses acontecimentos.

O enregelamento dos polos resulta da completa falta de energia solar naquelas latitudes, e de um sistema de ventos, que provoca o transporte da água evaporada pela energia do Sol das regiões tropicais até sua deposição como gelo nos polos. A variação da quantidade de gelo, seu volume, suas formas e extensões de área são extremamente variáveis e impossíveis de serem medidas por qualquer meio. Por ser uma função da quantidade de energia do Sol incidente na região, o fenômeno é o mesmo desde o resfriamento do globo e nada há que possa alterá-lo.

Esses fatos geológicos são uma pequena parte do que acontece no globo como um todo. Mas, quando estudados isoladamente, em um ponto da Terra, provocam o aparecimento de teorias impertinentes, tendo a justificá-las outras teorias fora dos padrões naturais.[4]

A temperatura da superfície do planeta varia entre +50/60o C, sob o foco de energia emitido pelo Sol, e 80o C negativos nas regiões mais afastadas do foco (regiões polares). A expansão e contração das áreas das geleiras são fenômenos constantes nas regiões polares e não representam modificações climáticas, assim como não dependem das alterações dos gases da atmosfera no período de vida da humanidade. Mais grave ainda, quando os cientistas atuais (não geólogos) propagam que o gás carbônico resultante da queima do petróleo é causador do “efeito estufa”, uma teoria órfã de qualquer base geológica, pois ignoram o fenômeno da fotossíntese, além de ser uma crença muito danosa sob o ponto de vista econômico.

Diz-se então que clima é a variação da temperatura na superfície da Terra devido aos dois principais movimentos do planeta, combinados com a inclinação do eixo de rotação, sob o foco da insolação emitido pelo Sol. Essa variação acarreta uma série de fenômenos, alguns deles muito importantes para a compreensão da Geologia, da vida e da pesquisa do petróleo, já anteriormente estudados.


CLIMA DO PLANETA SEGUNDO A GEOLOGIA.

Há uma divergência entre Astronomia e Geologia sobre início e o fim das estações climáticas terrestres. O fenômeno é uma função do movimento lento do planeta, ou seja, aquele que depende da translação, ou aquele em que o planeta completa uma volta ao redor do Sol. Tal movimento condiciona que os fenômenos que dependem dele também sejam imperceptíveis a observação humana devido a esta mesma lentidão. Em outras palavras, não há uma passagem abrupta entre as estações climáticas como são os momentos dos solstícios e equinócios. Estes pontos principais são o clímax, ou píncaro, ou o auge das estações. A passagem de uma a outra estação fica situada exatamente entre esses pontos específicos. Veja as figuras que mostram a ideia da Geologia e a ideia da Astronomia.

Sendo a Terra um planeta esférico, recebe energia constante do Sol em um dos seus hemisférios, que por isso fica constantemente iluminado. As variações climáticas são consequências da insolação. Geologicamente falando existe apenas uma estação, o verão, determinada pela presença da AIM. As outras três são consequências da existência desta estação e dos movimentos da Terra. Vejamos como funciona o conjunto.

Vamos movimentar a AIM ao longo da eclíptica, que representa, e é de fato, o movimento lento (movimento anual) da translação do globo e posteriormente, movimentar a rotação, um movimento rápido (movimento diário), que a Terra faz em torno do seu eixo. Comecemos no extremo leste, onde a linha da eclíptica tangencia o paralelo marcado como o Trópico de Capricórnio aos 23o27’ S. Vejamos o que acontece no globo terrestre fazendo uma descrição do Solstício ao Sul:

  • Pela nossa hipótese estamos no mês de dezembro, ápice do verão no hemisfério sul, consequentemente o ápice do inverno no hemisfério norte. A energia do Sol se concentra na faixa que vai do equador ao paralelo 47o S, passando pelo periélio.
  • A extremidade sul do eixo de rotação da Terra está inclinada na direção do Sol, enquanto a extremidade oposta (extremidade norte do eixo), situa-se em posição divergente do astro central.
  • A AIM influencia fortemente a faixa desde o equador até 47o S, daí em diante diminuindo cada vez mais a energia da AIM na direção do polo sul em virtude da curvatura da litosfera do globo terrestre. O mesmo fenômeno acontece na direção do polo norte, mas a carência de energia na direção daquele polo começa logo depois do equador terrestre. Todo o hemisfério norte fica carente de energia solar.
  • A luz do Sol tangencia o círculo polar ártico pelo seu limite exterior, excluindo o polo norte. Ao sul, a luz do sol atinge o círculo polar antártico pelo seu interior, incluindo o polo sul.
  • Ao sul, o degelo atinge o máximo evidenciado pela contração das geleiras, tanto em área como em volume. É a época dos “icebergs” ao sul. Ao norte o congelamento atinge o máximo, tanto em volume como em área, e as temperaturas são extremamente negativas e se tornam inóspitas, especialmente aos humanos.
  • No hemisfério sul o dia é mais longo quanto maior a latitude, e dentro do círculo polar, por um breve tempo, os dias são de 24 horas, isto é, dentro do círculo polar antártico o sol não se põe.
  • No hemisfério norte as noites são mais longas e os dias mais curtos na medida que aumenta a latitude, e dentro do círculo polar ártico, por um breve tempo, as noites são de 24 horas, isto é, o Sol não aparece naquela região.

Vamos estudar a segunda possibilidade, transferindo a AIM da posição sobre o Trópico de Capricórnio para o outro extremo possível, no Trópico de Câncer, no hemisfério norte, ou seja, Solstício ao norte. A AIM estará situada com o centro sobre o Trópico de Câncer, a 23o27’N, abrangendo uma área circular que se estende desde o equador até o paralelo 47o N. Tal situação acontece seis meses depois, quando a Terra em seu movimento atinge o afélio, precisamente em junho.

A extremidade norte do eixo de rotação da Terra agora converge na direção do Sol, acontecendo o contrário com a outra extremidade. O ponto da Terra mais próximo do Sol é o Trópico de Câncer, que tangencia o plano da eclíptica. A Terra estará no afélio a uma distância do Sol maior (1,52×108km) do que aquela que ocupou no periélio, a 1,47×108 km. No afélio, tudo o que foi descrito quando a Terra se encontrava no periélio se repete minuciosamente, só que agora no hemisfério norte, e as consequências no hemisfério sul.

  1. Os dias são mais longos nas altas latitudes do hemisfério norte, e no círculo polar ártico o dia é de 24 horas, isto é, o Sol não se põe. No hemisfério sul as noites são mais longas do que os dias à medida que cresce a latitude, e dentro do círculo polar antártico a noite é de 24 horas, ou seja, o Sol não aparece naquela região.
  2. O degelo é máximo dentro e nas vizinhanças do círculo polar ártico. É a época dos “icebergs” no hemisfério norte, enquanto o polo sul estará enregelado ao máximo, com temperaturas ao redor de -80o a -90º C negativos já medidos na Antártida. As geleiras crescem em área e espessura, tornando as condições inóspitas para a vida, especialmente a humana.

Finalmente, uma observação importante para os leigos (jornalistas e cientistas de outras áreas): as condições descritas acima se dão ao mesmo tempo no globo como descrito acima. A existência de quatro estações é uma conclusão dos humanos que habitam e estudam os fenômenos a partir de lugares fixos na superfície do globo, onde a variação das condições climáticas de fato acontece. Entretanto, tal sucessão de acontecimentos tem uma causa somente: a energia candente do Sol concentrada em uma região.

Fica fácil perceber a área de ação dos raios solares, onde o sol é inclemente, enquanto fora dessa área, a intensidade da insolação é decrescente em todas as direções devido à combinação de três fatores já mencionados anteriormente:

      • Ao aumento da espessura da atmosfera
      • A forma esférica da litosfera do planeta 
      • O movimento de rotação.

Tal construção permite entender com mais facilidade o clima da Terra. Existe um foco de energia (não um ponto) do Sol que incide sobre uma área da Terra, e que por esta razão é a mais quente, ou seja, sofre o maior impacto da energia solar. Fora deste limite a intensidade da energia diminui até a extinção, transformando a superfície do globo em ambiente gelado (dentro dos círculos polares). Enfatizemos este ponto: toda a energia exterior da Terra é dependente deste foco de luz emitido pelo Sol, inclusive a vida e o petróleo.

Entre os dois solstícios, afélio e periélio, acontecem dois estágios intermediários marcados no eixo menor da elipse de translação, chamados Equinócios.

A) Quando o centro da AIM passa do hemisfério celestial sul para o norte no nó de subida em março, e
B) Quando ao contrário, em setembro, o centro da AIM passa do hemisfério norte para o do sul no nó de descida.

Os Equinócios são estágios intermediários onde o eixo da Terra e os círculos polares se acham totalmente iluminados, e o centro da AIM coincide com o centro da Terra e com o cruzamento do equador de iluminação com o plano da eclíptica. Nos equinócios a quantidade de energia é a mesma em ambos os hemisférios, por brevíssimo momento, mas desbalanceadas imediatamente depois da passagem do ponto, tanto no nó de subida como nó de descida.

A passagem no nó é um momento extremamente fugaz, e o efeito principal sobre o clima é dado pela AIM. De fato, depois da ocorrência de um dos solstícios, a AIM começa a se deslocar para o outro solstício. Se o verão é no hemisfério sul, ao se dirigir para o hemisfério norte há um arrefecimento da insolação no hemisfério sul e uma acentuação energética de mesma intensidade que passa a aquecer o outro hemisfério, passando sempre por um ponto de equilíbrio que é alcançado no equinócio de março (nó de subida) e no outro equinócio em setembro (nó de descida).


ESTAÇÕES DO ANO: NOVA VISÃO GEOLÓGICA.

Neste ponto vale a pena mostrar aos estudantes de Geologia que as estações climáticas do ano podem e devem ser datadas de outra maneira, diferente da atual que é derivada de estudos astronômicos. A visão geológica difere da astronômica sob o ponto de vista do limite das estações, que não devem ser confundidos com os pontos cardeais da trajetória da Terra no espaço. Dito de maneira mais direta: geologicamente falando, a mudança das estações não coincide com os solstícios e equinócios como na prática atual. Vejamos a proposição geológica para o assunto.

A variação do clima da Terra, geologicamente falando, depende do foco de energia emitido pelo Sol, chamado de Foco de Intensidade Máxima (FIM), no espaço, que gera a Área de Intensidade Máxima (AIM)  no globo. Todas as outras situações climáticas são consequências deste fato, que dependem do movimento de translação, que dizemos ser o movimento lento da Terra. 

Desse modo, o foco emitido pelo Sol varia sua posição, vagarosamente, ao longo de um ano. O giro rápido da rotação do planeta, do qual resultam os dias e as noites, ameniza o efeito do Foco de Intensidade Máxima. A passagem das estações, por dependerem do movimento de translação do planeta, é um fenômeno imperceptível aos humanos e fica situado entre cada par solstício/equinócio.

Os solstícios e os equinócios marcam o ponto exato do píncaro ou o meio da estação. A estações começam 45 dias antes dos equinócios e dos solstícios, e terminam 45 dias depois, ou seja, cada estação dura noventa dias. Dito anteriormente, o momento preciso do começo e fim de cada estação e a metade do tempo entre um solstício e um equinócio, que por serem pontos precisos no espaço dão precisão ao início e fim de cada estação do ano. Ter em conta que os pontos de solstício e equinócios permanecem onde localizados astronomicamente, eles são imutáveis. O início e o fim de cada estação na Terra é que não coincidem com os quatro pontos astronômicos como admitido até agora. O início e o fim de cada uma, ou a passagem de uma estação para a outra, é imperceptível aos sentidos humanos.


TEORIAS ANTIGAS

Esse funcionamento do Sol em relação à Terra é imutável, não existindo evidências de comportamento diferente no passado, e isso exclui qualquer possibilidade de ter havido no passado os diversos períodos de glaciação de que falam teorias geológicas antigas. Nunca houve qualquer período glacial na Terra, por absoluta falta de condições geológicas a justificá-las.

As condições geológicas que modificam o comportamento climático da Terra são devidas às diferenças geográficas dos posto de observação na superfície da Terra, que são irregulares. No hemisfério norte predomina a massa continental, e boa parte dessa massa continental situa-se acima do Trópico de Câncer, exatamente a área do impacto maior de AIM. Do outro lado, no verão do hemisfério sul, o impacto da AIM se dá sobre a maior massa de água do planeta, provocando efeitos diferentes no comportamento da atmosfera e temperaturas na superfície do globo, mas nada tem a ver com “mudança climática”.

Enfatizando para maior clareza do assunto: tanto o verão como o inverno são mais acentuados no hemisfério norte devido a presença da maior parte da área continental naquele hemisfério.  Os continentes absorvem rapidamente tanto o calor como o frio e os conservam por mais tempo, causando a diferença observada dos climas nos dois hemisférios embora a insolação seja a mesma. No hemisfério sul, ao contrário, é maior a área coberta pelos oceanos, e tal fato inverte o comportamento das estações, conferindo característica próprias aos observadores na estações fixadas na crosta.

O mecanismo celestial apresentado no texto acima é imutável. Queremos dizer que não há possibilidade de melhorar ou piorar o clima da Terra por qualquer providencia que se tome, individual ou coletivamente, por acordos ou tratados feitos entre os insignificantes mortais habitantes da superfície do globo. As reuniões de pessoas realizadas para proteger ou melhorar o clima da Terra, mostram apenas o grau de ignorância sobre a natureza das coisas.

Diante dessas constatações, pode-se afirmar:

      1. Nunca houve um dilúvio como descrito na Bíblia[5] (Gênesis 6 vers. 6 e seguintes), por não haver uma fonte que pudesse prover água bastante que cobrisse o Monte Ararat (mais de 5.000m de altitude) onde pousou a arca depois dos quarenta dias de chuva. Nunca houve um dia em que o Sol e a Lua parassem, o Sol sobre Gibeão e a Lua sobre o Vale de Aijalom, como comandado por Josué para vencer os Amorreus [6]. A ordem de parar teria de ser dada à Terra que se move, não ao Sol que está parado relativo à Terra. O planeta teria de ser freado tanto da sua velocidade de rotação, que é supersônica, cerca de 460m/seg e da velocidade orbital (relativo ao Sol) que é de 30 km/seg. Mesmo entre religiosos o assunto deve ser de difícil digestão. Geologicamente não é assunto a ser pesquisado ou levado a sério.
      2. Nunca houve uma glaciação global, porque é impossível evitar que a energia do Sol chegue à litosfera. As glaciações são parte da geologia folclórica.
      3. O aquecimento das águas do oceano Pacífico Sul não se deve a “El Niño” (outra figura folclórica da “ciência” popularesca), mas ao efeito da AIM sobre mais de 21.360.000 km2 , durante mais de 14 horas por dia, por um período de 90 dias (novembro, dezembro e janeiro), o tempo do verão no hemisfério sul, sobre a água daquele oceano, aquecendo-a, influenciando o clima regional até o polo sul, derretendo as geleiras como já relatado. “La Niña” é também a continuação da mesma tolice popular endossada por “cientistas” que enfrentam o assunto sem o necessário embasamento geológico. A retirada da AIM depois de janeiro e sua chegada ao equinócio de março, quando se celebra o outono no hemisfério sul, substitui a crendice popular pela realidade científica da Geologia.
      4. Não existe uma “camada de ozônio” envolvendo o globo terrestre para nos proteger dos raios perigosos emitidos pelo Sol. Existe de fato uma camada de oxigênio, resultante da fotossíntese que se acumula na estratosfera, e que se transforma em ozônio sob a influência da AIM, e que volta à sua condição de oxigênio quando fora daquela influência, em rápidos movimentos.
      5. O fenômeno da ozonização é permanente sob o foco da AIM e requer energia solar em grande quantidade, o que provoca o aquecimento do topo da estratosfera e confere o funcionamento da atmosfera do globo como um todo. Por ser uma função da AIM, se a pesquisa sobre o ozônio for feita durante o inverno no hemisfério sul (a AIM estará nas proximidades do trópico de Câncer e muito longe do de Capricórnio e mais longe ainda do polo sul), é natural que apareça o “buraco na camada de ozônio” (ozone depletion), onde nem ao menos o ozônio existe.

Finalmente, as dezenas de reuniões do COP já realizadas em diversas capitais de diversos países repetem ou reproduzem as cerimônias existentes desde muito tempo entre os povos primitivos do mundo inteiro, a pedir a intervenção dos seus deuses para amenizar as condições climáticas do momento. A diferença fica por conta dos aparatos das reuniões.  Antigamente eram tangas, cocares, arcos e flechas. Atualmente os participantes viajam em aviões a jato, usam paletó e gravata e tomam vinhos e champanhe em taças de cristal. As finalidades e os resultados dessas e das antigas reuniões são as mesmos: tentar a solução de um problema desconhecido, com auxílio da fé.

Notas de rodapé:

[1] Em uma esfera com raio de 6.000km, frente ao tamanho descomunal do Sol, a superfície intertropical da Terra pode ser considerada plana para efeito de raciocínio geológico.

[2] Jonathan Weiner em “Os Próximos Cem Anos. Em nossas mãos o destino da Terra”. Tradução de Maria Inês Rolim; Revisor Técnico José Augusto Drummond. Editora Campos 1992. Rio de Janeiro.

[3] Bíblia Sagrada. Velho e Novo Testamento. Versão revisada da tradução de João Ferreira de Almeida. 2a impressão 1987. Imprensa Bíblica Brasileira. Rua Silva Vale, 781. R. De Janeiro.

[4] Josué cap. 10, vers.12/15. Bíblia Sagrada