História da Terra
Era Prepangæiânica

Neste estudo vamos rememorar os estágios de evolução da Terra ao longo do tempo geológico, desde os primórdios até nossos dias, ou seja, veremos a HISTÓRIA GEOLÓGICA decorrente da pesquisa feita para compreender o problema da mistura de fósseis nos sedimentos da Bacia do Recôncavo relatada em A Paleontologia na Prática.

Este é, também, o ponto alto do trabalho. Ele não foi buscado. A História Geológica surgiu como um produto natural da pesquisa feita para explicar a anomalia paleontológica evidenciada em capítulo anterior.

À medida que a história for se desenrolando mostraremos as evidências que nos levaram às tais conclusões e a razão das críticas às teorias do passado.

Lembramos que para compor esta História foi fundamental, antes, formular o novo conceito de Formação Geológica e Tempo Geológico, além de conceber um Novo Modelo para o Interior da Terra.

Vamos iniciar com a Era Prepangæiânica, a 1ª Era, quando o grau de energia do planeta estava no limite da solidificação das rochas da superfície do planeta.

A História da Terra é também a história do seu grau de energia a partir de um estágio inicial de altíssima energia, diminuindo, progressivamente, até o grau em que ela se encontra agora.

Vamos iniciar falando do tempo em que o globo estava no estágio de energia máxima, semelhante ao Sol, ou seja, quando não existiam os registros rochosos, por isso esse tempo foi denominado de 1ª Era ou Era Prepangæiânica, como mostrado na Coluna Estratigráfica Global, onde estão representadas as três Eras em que se divide a História Geológica. Após a 1ª Era veremos a Era Pangæiânica, com a crosta da Terra já solidificada e seus movimentos verticais, e finalmente a 3ª Era, chamada de Era Atlantiânica, quando, além dos movimentos verticais aparecem, também, os movimentos tangenciais do globo.

Vamos ver o quadro ilustrativo com os diversos estágios luminosos do planeta desde a FASE SOL até a total solidificação dos magmas separando os dois tipos de rocha iniciais.” 

A 1ª Era marca a passagem do globo de um estágio luminoso máximo para o estágio opaco, à medida que o seu grau de energia diminui.

Chamamos de “fase Sol” porque a Terra, como o Sol, foi uma esfera de energia pura. A comparação é válida desde que, a diferença entre os dois astros depende apenas da sua massa. A do Sol é descomunal e ele ainda brilhará por muito tempo, enquanto a massa da Terra é uma fração mínima relativa a ele, e por esta razão o globo terrestre chegou mais rápido ao estágio de menor energia, ou estágio opaco.

Observação importante: no Sol, devido à massa descomunal, não existe nada fora de energia pura. Impossível a existência de algum elemento dos que conhecemos na Terra, como o hidrogênio, hélio, carbono, nitrogênio etc., usados por astrofísicos, químicos, astrônomos e outros [1] cientistas [2] para explicar o seu brilho. Os elementos que conhecemos nos laboratórios terrestres são um produto das atuais CNTP terrestres. São produtos de um estado de energia da Terra que nada tem a ver com o estado de energia do Sol.

O combustível do Sol é a sua própria massa, sujeita à gravidade imperante no astro, fazendo dele uma esfera de energia, que se auto-consome emitindo a energia fabricada que chega até nós com o nome de insolação. Vale ressaltar, a Terra passou por estágio igual ao do Sol, mas agora, devido à sua menor massa relativa, emite pouca energia. O funcionamento dos astros é o mesmo, com a diferença que a Terra tem uma capa litosférica surgida do resfriamento do próprio magma que a forma.

A solução geológica para explicação do brilho dos astros no firmamento é muito mais simples e incomparavelmente mais barata do que a dos químicos e astrofísicos.

Menos energia e o magma inicial separa-se em dois:

1. O mais volumoso, de cor negra, cobre 75% da superfície

2. Uma de menor área, recobre 25% da superfície da Terra, de cor mais clara e de menor densidade que o primeiro, formando uma ilha na parte equatorial do globo devido à rotação.

O resfriamento do globo condiciona a aproximação da atmosfera composta de dois gases pesados: nitrogênio e gas carbônico, que se colam à superfície da esfera.

Conclusão: a partir do estágio luminoso, brilhante, no ponto máximo de energia, o globo terrestre iniciou a fase de perda da mesma, de modo paulatino, até apagar-se totalmente, atingindo o atual estágio opaco, quando os gases que compunham a sua atmosfera tocam a sua superfície, terminando o período Prepangæianico, iniciando-se o Pangæianico, um novo período de tempo geológico..

Essa conclusão gera a Teoria Geral da Energia para o universo, que será tratada mais tarde: os corpos que brilham no espaço têm massa mínima para autoconsumo e emitem energia iluminando outros corpos. A matéria escura é composta dos astros que emitiram o excesso de energia e por isso não podem ser observados pelos aparelhos óticos dos homens na Terra. São os objetos iluminados, como os planetas do Sol. Essa conclusão elimina a teoria dos chamados “buracos negros”.

Por questões didáticas vamos ordenar, por partes, a estrutura da Terra e os acontecimentos sobre o funcionamento do planeta.

Veja na figura da atuação da gravidade que toda a massa formadora do globo é comprimida na direção do seu centro até um limite mínimo, na altura da metade do raio do planeta, que chamaremos limite de compressão, que é também a superfície do núcleo do palneta.

Notar então que não é o centro do planeta o ponto de compressão máxima. É a periferia do núcleo que atua como área de compressão máxima.

Sendo assim, levando em conta apenas a compressão, o globo fica dividido em duas partes:

1. A parte que comprime, ou seja, toda a massa exterior ao núcleo, inclusive os gases da atmosfera;

2. A parte comprimida, ou seja,  parte que sofre a compressão ou que é comprimida, a parte central do planeta chamada de núcleo.

Sob o ponto de vista temperatura, a parte mais quente do globo é a periferia do núcleo. O núcleo acionado pela gravidade faz a Terra inteira funcionar, transformando a geografia, levantando montanhas, formando bacias, provocando terremotos e tsunamis, destruindo cidades e dizimando populações na sua periferia, daí que será chamado de núcleo-motor.

FUNCIONAMENTO DO GLOBO

Como é, ou como se dá este funcionamento.

Como em toda superfície aquecida, a partir dela produzem-se duas regiões. Para cima surge uma camada que resfria convulsamente e para baixo camadas que resfriam estratificadamente.

Assim, da periferia do núcleo para seu interior, o aquecimento se faz em camadas estratificadas cada vez menos quentes até o centro do planeta. Da periferia do núcleo para seu exterior, ou seja, no manto da Terra, produz-se um ambiente também de menor energia na direção da litosfera, porém é um ambiente convulso.

Voltando à História.

Em determinada parte do processo de resfriamento separaram-se os dois magmas de que era constituído o globo: o magma basáltico, a maior parte do material da esfera, figurativamente 99,9% do seu volume, e uma pequena quantidade relativa de magma siálico, figurativamente o restante 0,1%. O magma siálico, ao giro da Terra, tende a ocupar a parte equatorial do planeta, onde fica fixado pela força centrífuga da rotação, sem qualquer conotação com a geografia atual. Neste ponto transforma-se em rocha e recebe o nome de Pangæa. Observar ainda que, no exterior do planeta, a atmosfera de gases, que se mantinha longe do mesmo devido à temperatura original, aproxima-se da sua superfície envolvendo-a e acelerando a solidificação da superfície do globo.

Essa conclusão surge do fato de só existirem duas espécies de rochas originais na litosfera: rochas basálticas, formando aproximadamente 75% da superfície, e mais 25% de rochas siálicas, que formam os continentes. Todas as outras formações que se sucederam derivaram daquelas duas, segundo os processos de sedimentação, dando origem a litosfera.

Sendo o planeta um corpo isolado no espaço não há de onde vir mais matéria para aumentar a sua massa, e ele continua a esfriar e a diminuir o seu raio. Observando a figura dos estágios luminosos vemos que à medida que o globo esfria a sua atmosfera se aproxima da superfície, envolvendo-a, como consequência da gravidade do planeta, apressando a solidificação da crosta.

O magma superficial, tanto o siálico como o basáltico, vagarosamente cristalizam, ou seja, se transformam em rochas. O planeta, pelo resfriamento, cria uma “casca” rochosa dando origem à litosfera. Na figura da estrutura estática do planeta está representada a delgadíssima litosfera no exterior do globo, estática, separada do magma devido a diferença de estado físico, tornando-se uma unidade rochosa inerte.

Até esse estágio não existem montanhas na superfície do globo, mas irregularidades topográficas, e a sua superfície pode ser descrita como geologicamente plana. Com isso, queremos enfatizar que as montanhas, como atualmente conhecidas, só aparecerão mais tarde, motivadas por outros fenômenos, que veremos ao seu tempo. Pangæa passa a ser chamada de Formação Alpha, ou seja, todos os granitos passam a ser chamados de Formação Alpha.

Como consequência da solidificação do magma superficial e do giro supersônico do movimento de rotação do planeta, tomam forma três configurações iniciais:

1. O magma siálico toma a sua posição equatorial na superfície do planeta.

2. A inclinação de 23º 27’ que o plano do equador celestial faz com a eclíptica.

3. A Terra toma a forma final do geoide que é. Seu raio equatorial é maior do que o raio polar, consequência do giro supersônico da rotação.

Com o surgimento da litosfera o planeta fica dividido em três partes distintas como mostrado na figura da sua estrutura estática: duas fluidas e uma sólida.

As fluidas são duas:

1. No interior, o magma denso e vermelho ao rubro movimentado pela gravidade do próprio planeta,

2. No exterior, a atmosfera, também função da gravidade porém, leve, transparente, movimentada pela insolação e pelos movimentos do planeta.

A sólida é a litosfera, delgadíssima camada rochosa, inerte, movimentada pelo magma do manto fluido da Terra.

A formação da litosfera é o fato geológico que determina o fim da Era Pré-pangæiânica, e marca o início da Era Pangæiânica, como ilustrada no quadro e na figura. Daqui por diante, Pangæa passa a ser chamada de Formação Alpha.

Observação importante: a geografia pretérita foi constituída da grande ilha de Pangæa a qual foi recortada na geografia atual, só depois da explosão que gerou à presente geografia. Não há evidência física do Mar de Thetys e do seu entorno, inclusive Laurasia e Gondwana, visto anteriormente.

A Era Pangæiânica foi dividida em cinco períodos de tempo devido ao aparecimento de cinco corpos rochosos, determinados no campo, que estudaremos a seguir.

O primeiro Período dessa Era é denominado de Alphaiano porque é derivado da estruturação da Formação Alpha ou embasamento cristalino, como é conhecido. Ver na coluna estratigráfica.

Vale chamar atenção, desde agora, para a nova nomenclatura sobre Tempo Geológico visto anteriormente. Período Alphaiano é a referência de tempo, que é contínuo e não mapeável. Formação Alpha é a referência a um corpo físico, tridimensional e mapeável. É uma rocha!

Chamamos atenção para os acontecimentos que se passam no tempo da existência do supercontinente, Pangæa ou Formação Alpha, como vista na figura, uma ilha gigantesca, sem qualquer conotação com a atual geografia, cercada por um mar de água doce.

Uma observação: a Formação Alpha deverá ser mapeada em todos os fragmentos de continente espalhados na superfície do globo, quando poderão ser reunidos para conhecer-se a forma original da ilha que lhe deu origem, um trabalho gigantesco para os geólogos pesquisadores do futuro.

Com o aparecimento da litosfera vamos acrescentar alguns detalhes importantes:

1- No exterior do planeta, uma atmosfera formada de nuvens de água evaporada pela energia solar e a mistura remanescente de dois gases, o gás carbônico, CO2, e o nitrogênio, N2, em quantidades desconhecidas, mas que podem ser imaginadas muito grandes e que flutuam sobre a litosfera e o mar. A água, o fluido mais denso e volumoso, ocupa as partes baixas da topografia, é o único mineral que vai decrescer de volume, dependente da atuação da fotossíntese na proliferação da vida,  ocupa as partes baixas da topografia, formando Pantalassa, a reunião dos mares, , que sobe em nuvens e descem como chuva, sem cessar e desempenham papel importante na modificação da litosfera. Formam-se a fisiografia dos continentes e as calotas polares que gelam e degelam a cada volta da Terra ao redor do Sol, dependendo apenas da posição do eixo do planeta, inclinado a um ângulo fixo de 23º 27’, relativo ao plano da eclíptica, e que condiciona o aporte variável da insolação na superfície do planeta determinando o clima da Terra.

2- No interior do planeta, o magma basáltico, fluido, vermelho ao rubro, denso, convulso, com seus movimentos convectivos que tem lugar entre a periferia do núcleo e a base da litosfera, em um estado de energia relativamente baixo tendendo a crescer conforme o ajuste do raio da esfera à gravidade. Os movimentos convectivos do manto, representados na estrutura dinâmica da Terra, crescerão à medida que o núcleo for pressionado pela gravidade que o comprime, aquecendo-o até determinado ponto máximo ou explosivo.

Veremos os acontecimentos que se passaram no tempo da existência do supercontinente, Pangæa ou Formação Alpha, uma ilha gigantesca cercada por um mar de água doce.

CLIMA DA TERRA

É no Período Alphaiano que se define o clima do globo terrestre. Do ponto de vista geológico, o clima da Terra é definido segundo fatores fixos e variáveis do globo. Vale ressaltar: esses fatores são resultado da mecânica celeste que sustenta o sistema, desde tempos imemoriais até hoje, e vai continuar assim pelos tempos futuros. Por essa razão, NÃO HÁ QUALQUER POSSIBILIDADE DE INTERFERÊNCIA HUMANA EM SEUS PARÂMETROS DEFINIDORES, desde que a mecânica planetária que governa o clima fica fora da possibilidade humana de nela interferir.

Os fatores fixos que determinam o clima na Terra são:

1º fator. A velocidade constante do globo tanto ao redor do seu eixo, movimento de rotação, como o de translação. Estes dois movimentos também são os definidores do Tempo Geológico. A rotação tem como resultado os dias e as noites e a translação os anos. Podemos dizer ainda que o clima da Terra é o resultado dos dois movimentos do globo no espaço, combinados com a inclinação fixa do eixo de rotação sobre o plano da eclíptica, como o de translação que ela faz ao redor do Sol.

2º fator. A distância entre a Terra e a fonte de energia constante, o Sol. A pequena variação dessa distância, no afélio, afeta discretamente o clima na Terra.

3º fator. A inclinação de 23º 27’ que o plano do equador celestial faz com a eclíptica. [*]

4º fator, A curvatura da superfície do planeta.

Este conjunto de fatores em seu funcionamento dinâmico determina o clima do planeta que veremos detalhadamente mais adiante.

Observação. As variações de temperatura na superfície do globo continuam as mesmas desde o tempo que foi formada a litosfera, pois ela, a litosfera, separou completamente o ambiente externo do interno do planeta, e a fonte de energia que aquece a superfície da Terra é única, a insolação vinda do Sol.

Neste ponto é importante ressaltar que são duas as fontes de energia da Terra:

1. Uma interna, devida a compressão da massa da Terra sobre o núcleo que o aquece criando energia;

2. A outra é externa, originada no Sol, a insolação, que afetará a superfície da Terra de diferentes maneiras.

No tempo de Pangæa, dissemos anteriormente, dois gases são abundantes na atmosfera inicial do globo: o nitrogênio e o gás carbônico, ambos flutuando nas proximidades da litosfera. O primeiro é inerte e o seu volume permanece assim até hoje, mas as moléculas de gás carbônico são afetadas pela insolação e têm a propriedade da catenação, ou seja, tem a propriedade, frente a energia solar, de se ligarem umas às outras, formando cadeias de todos os tipos, formas e tamanhos, que constituem, atualmente, o estudo da Química Orgânica. Ao se ligarem, as cadeias carbônicas aumentam a sua massa até o ponto de serem atraídas pela maior massa da Terra, sedimentando sobre a sua superfície. Dessa forma tem início o fenômeno da sedimentação da atmosfera, tanto sobre a fase líquida, Pantalassa, como sobre a sólida, o continente único ou Formação Alpha. Essas cadeias orgânicas formadas, agora, de carbono, hidrogênio e oxigênio são o resultado da ação contínua da energia do Sol sobre o gás carbônico da atmosfera.​

As diversas cadeias orgânicas formadas e sedimentadas na superfície do planeta passam pelo processo de adaptação. Aquelas de determinada fórmula – 6CO2 – desenvolvem a clorofila e conseguem se adaptar para alimentação e crescimento e vão formar os vegetais, e aquelas que não conseguem se adaptar morrem, gerando lixo orgânico, e daí seguem para uma bacia de sedimentação onde formam os primeiros hidrocarbonetos. Assim, o lixo orgânico formado em superfície, de modo contínuo, dará origem a proporcionais quantidades de petróleo, em subsuperfície, continuamente.

No período Alphaiano, os vegetais, as fórmulas que desenvolveram a cor verde devido à clorofila, adquirem também a capacidade de autoalimentar-se, como visto anteriormente, realizando a fotossíntese para crescimento e reprodução. A abundância de energia, água e gás carbônico e mais a ausência de tectonismo permitem uma proliferação abundante de vegetais, que se expandem geograficamente, formando florestas exuberantes, localizadas principalmente na região tropical.

A cor de Alpha, continente único, passa de branco a verde, com a presença dos vegetais.

O fenômeno da fotossíntese se realiza com a depleção do gás carbônico da atmosfera, desde que o CO2 é o único alimento dos vegetais. Na fotossíntese, os vegetais ao mesmo tempo em que consomem o CO2 formando combustível liberam oxigênio, o gás leve, o comburente da natureza, antes ausente no ar. O oxigênio ao se formar desloca-se para a atmosfera, que começa a se formar por essa época, com nova composição química, de forma contínua e crescente.

Observar a ilustração da evolução da composição química da atmosfera sob a ação da fotossíntese, que projeta a curva dos principais gases, ao longo do tempo geológico. O primeiro, o nitrogênio, em quantidade fixa, e os outros dois, gás carbônico e oxigênio, após o início da fotossíntese passam a ser inversamente proporcionais, isto é, à medida que decresce o percentual de gás carbônico cresce o do oxigênio, fato geológico que modifica lentamente as CNTP ao longo do tempo e condiciona a evolução do mundo orgânico.

Em superfície, todas as formas orgânicas presentes sofrem modificações com essas mudanças e por isso estão em constante adaptação, formando novas espécies e extinguindo as antigas, enquanto que em sub-superfície o lixo orgânico vai acumulando nos reservatórios geológicos e será transformado em petróleo, de forma contínua, crescente e irreversível.

Observação. Neste ponto podemos adiantar que a História Geológica e a fotossíntese encontram respostas para muitas questões, inclusive aquelas que são o motivo de angústias para muitos:

• O que é a vida?
• Quem somos nós?
• O que fazemos na Terra?
• De onde viemos e para onde iremos depois da “morte”? Perguntas importantes que serão respondidas mais adiante.

O que queremos enfatizar é que a vida não veio de fora do planeta e não foi providenciada por algum ser extraterrestre. A vida na Terra é um produto da sedimentação da atmosfera pela ação da energia do Sol sobre os gases existentes na mesma, desde a atmosfera primordial. Inicialmente, a vida se apresentava, e continua se apresentando hoje, na forma de fórmulas químicas, evoluindo para formas mais complexas, as cadeias orgânicas, assim gerando novas formas viventes, sucessivamente. Enfatizando: as condições atmosféricas estão em contínua alteração, devido a sua própria sedimentação regida pela insolação, mecanismo que vai reger a evolução.

Na Geologia Estratigráfica definimos a fotossíntese como o fenômeno mais importante do planeta, e as evidências são muitas. Neste momento vejamos apenas algumas generalidades.

A fotossíntese é um fenômeno geológico presente desde o princípio da história da Terra, sendo responsável:

• Pela origem da vida sobre a litosfera do planeta,
• Pela evolução da vida assim criada e
• Pela acumulação de energia do Sol nos reservatórios geológicos, na forma de petróleo.

Esse fenômeno consiste em uma transformação da energia fluida do Sol, que nos chega em forma de luz – a insolação – em energia química tridimensional, os vegetais.

A fotossíntese faz os vegetais crescerem e se reproduzirem, formando populações imensas tanto no ambiente continental como no marinho. Com a morte dos vegetais inicia-se a formação do lixo orgânico, que vai se depositar nas bacias de sedimentação, onde será transformado em petróleo, ao longo do tempo geológico.

Os vegetais são consumidores de gás carbônico, enquanto os animais consomem os vegetais e outros animais, e necessitam de oxigênio para respiração desde a maior antiguidade, e assim permanece funcionando, sem cessar, até hoje.

Atenção para um detalhe importante: para que haja oxigênio na atmosfera da terra
há necessidade da presença tanto da água como do CO2 antecipadamente.

Reforçando a mesma ideia: o oxigênio da atmosfera é um subproduto da fotossíntese. Mais um detalhe: os 21% de oxigênio atuais na troposfera são passageiros, pois seu lugar definitivo é em toda a amplidão da atmosfera.

Sendo assim, compreende-se que os primeiros habitantes da litosfera foram os vegetais, que transformaram a atmosfera carbônica do planeta em outra, com porcentagem crescente de oxigênio, permitindo então, em determinado ponto e como consequência, o aparecimento dos animais. Essa ordem de aparecimento mostra que os vegetais são os seres principais, e os animais, inclusive a humanidade, são secundários, isto é, dependem dos vegetais para sobreviver, ou seja, nada tem de divino!

Reforçando a ideia: os animais, inclusive a humanidade,
são um subproduto da fotossíntese!

Enfatizando: no Período Alphaiano um determinado percentual quantitativo de oxigênio na atmosfera, produto da fotossíntese, permite o aparecimento dos primeiros animais, inicialmente unicelulares, que se transformam em pluricelulares, pela adaptação, respirando oxigênio.

Antes de finalizar vamos fazer um parêntese.

Vimos, anteriormente, que no início somente existiram dois tipos de rochas fundamentais: as basálticas e as siálicas. Todas as outras rochas que compõem a Coluna Estratigráfica (mais nove formações) são derivadas desses dois tipos iniciais. Do mesmo modo, do gás carbônico inicial é que surgem todos os vegetais, e em seguida todos os animais.

Observação. Dessa maneira, as rochas que formam a litosfera são poucas. Entretanto, com a invenção do microscópio pensou-se que o aparelho facilitasse o reconhecimento das mesmas, e a identificação delas passou para os cuidados dos petrógrafos, como ficaram conhecidos os profissionais que usam o aparelho para identificar as rochas. A simplicidade se tornou em dificuldade, e as rochas se transformaram em milhares, complicando as coisas simples. [3]

Queremos acentuar, por essa razão, que as centenas de milhares de descrições presentes em livros de petrografia não têm validade para o campo genético das rochas e nem na construção de mapas. As descrições são úteis na parte da economia, quando o exame microscópico se torna importante e mesmo indispensável.

É costume entre antigos profissionais colher amostras de rochas no campo e trazê-las para um laboratório de petrografia, na esperança de que isso ajude na confecção de mapas. Têm de carregar muitos quilos de pedras, medidas e identificadas, que não passam de estorvo para um geólogo ou estudantes de Geologia.

A petrogênese é o resultado da observação da natureza da rocha, no campo. A descrição microscópica em laboratórios leva os petrógrafos a criarem elaboradas teorias e um sem-número de rochas e origem das mesmas, que acabam por gerar mapas errados.

Notar então que é o geólogo, no campo, quem decide qual a rocha que está estudando, e não depende dos laboratórios de petrografia, da mesma maneira como não depende da paleontologia para saber a datação das mesmas. É um problema de escalas. Dizemos que a paleontologia e a petrografia são ciências praticadas na escala humana, de detalhes, e a Estratigrafia é da escala geológica, de campo, e por essa razão não podem ser misturadas.

O mesmo raciocínio se aplica a outro tipo de ciência inventada para datar rochas em número de anos, como se tentou no inicio do século XX, depois da descoberta da radioatividade, no fim do século XIX. Evidente que se as rochas se formaram a partir de um evento singelo – a formação da primeira rocha – todos os minerais da litosfera ao serem analisados pelo método radioativo deveriam apresentar a mesma idade, conclusão ociosa por si mesma. O erro principal consiste em conferir-lhe a idade em número de anos. A geocronologia, como se chama a ciência, usa muitas fórmulas e muitos números os quais não têm qualquer vínculo com a geologia. Foi uma tentativa inútil feita no século passado.

No próximo texto continuaremos com a Era Pangæiânica, falando das Formações que surgiram após a Formação Alpha.