Descrição
O livro é o relatório de uma pesquisa iniciada em 1965 para obter respostas aos questionamentos do autor, geólogo da empresa Petrobras S.A, sobre o mau funcionamento do serviço de exploração da Companhia, especificamente, exploração do petróleo, feita sob a orientação da técnica vigente, na Petrobras. No corpo técnico, todos se espantavam com os resultados da perfuração de um poço, pois sempre eles se mostravam completamente fora do esperado no prospecto, ou o que era imaginado, antes da perfuração do mesmo. O autor, então, decidiu, por conta própria, iniciar uma pesquisa para tentar responder à pergunta: por quê os prospectos programados após muita pesquisa, não davam certo ao fim da perfuração? De fato, não há um, um só prospecto, que tenha sido programado e que fosse confirmado pela sonda de perfuração. Temos mais de 6.000 poços de exploração de petróleo na chamada Bacia do Recôncavo. Hoje sabemos a resposta: há um erro de geologia preliminar que impede de serem obtidos melhores resultados e muito petróleo novo em todo o território nacional.
Por ter sido uma decisão pessoal, o trabalho não teve apoio oficial e por isso foi feito em condições dramáticas, pois desenvolvido em paralelo com as obrigações normais de geólogo da companhia. Isso exigiu que o tempo para a pesquisa passasse a ser feita pelas noites, sábados, domingos e feriados, até que conseguíssemos perceber o X da questão: uma lei da natureza, que é inviolável, estava sendo, e continua a ser violada pelos dirigentes do serviço de exploração da companhia.
Entretanto, naquele tempo, os dirigentes da exploração na Empresa, tinham argumentos fortes a seu favor. “A companhia não precisa de teorias novas. Precisa é de petróleo. Com erros ou sem erros, estamos produzindo petróleo e aumentando nossas reservas.” E isso era, de fato, um argumento irrespondível pela altura dos anos 70 do século passado.
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