Petróleo para Políticos e Jornalistas.

Apesar de ser a substância mais usada no mundo atual, o petróleo foi e é um assunto misterioso, não só entre acadêmicos e cientistas, mas entre políticos e jornalistas.  

Depois que o petróleo sai do poço segue para as refinarias, a partir daí entra a engenharia petroquímica e os produtos industriais que serão usados por toda a humanidade. Mas o que é o petróleo? Como ele se forma e se acumula? O que governa a sua abundância ou raridade? Por que só rochas sedimentares podem acumular petróleo?

Conhecendo as respostas das perguntas acima os formadores de opinião (jornalistas) e fazedores de leis (políticos) dominarão o assunto e conseguirão transmiti-lo ao povo dentro da simplicidade da ciência conhecida.

O que vai se ler é uma condensação do resultado de pesquisa realizada nos arquivos técnicos da Petrobras, que é a história da exploração do petróleo dentro da própria empresa, e será contada com auxílio de links para a parte científica da pesquisa e ser consultada pelo leitor.

A pesquisa indica um novo caminho para a pesquisa do petróleo. Nesse estudo observou-se um erro de ordem científica nos relatórios paleontológicos. A Paleontologia era uma técnica destinada a ajudar os geólogos encarregados das perfurações nas pesquisas da subsuperfície da Bacia do Recôncavo para determinar a formação produtora dos hidrocarbonetos.

A pesquisa indicou que há erros que precisam ser corrigidos, do que resultarão novas ideias sobre a técnica de buscar-se os hidrocarbonetos. Essa nova forma de pesquisar e explorar o petróleo indica novos rumos para colocar o Brasil nos trilhos. É a contribuição da ciência geológica para a política e o desenvolvimento.

O petróleo é, sem dúvida, o assunto mais importante para ser discutido no Brasil do presente, pois nossos problemas sociais estão ligados a ele. Estamos em um ponto crucial da vida política do país e não podemos perder a oportunidade. Entretanto, o assunto nem ao menos começou a ser ventilado no novo governo. As pessoas da cena técnica não gostam dessa discussão, e os da cena política ainda não priorizaram o assunto. Diante desse quadro compete-nos provocar a discussão.

Seguir conceitos e definições de fontes tradicionais é permanecer com ideias defasadas, antiquadas e principalmente erradas sobre o assunto. Esses conceitos originaram-se entre os pioneiros do estudo do petróleo que, a princípio, se interessavam apenas pela obtenção do mesmo. Por ser o produto industrial mais usado no mundo moderno e devido a facilidade de encontrá-lo em qualquer latitude ou longitude, a busca da sua origem e ocorrência se tornaram pouco importantes diante do seu uso. 

Baseados em um boato do século passado (“o petróleo vai acabar”), os “donos” das grandes minas no Oriente Médio fundaram a OPEP em 1960, e em seguida elevaram artificialmente os preços do produto a alturas nunca vistas, ou seja, contrariando uma regra econômico /comercial conhecida de todos: a raridade ou a dificuldade de obter determinado  produto (qualquer um!) eleva o seu preço, enquanto a abundancia reduz seu preço. Quando se proclamou aquela “verdade” – o petróleo vai acabar – estávamos no meio do século passado, e o mundo já consumia aproximadamente 70 milhões de barris de petróleo por dia (bpd). Atualmente estamos consumindo algo parecido com 90/95 milhões de bpd, e o petróleo continua a fluir fácil e abundantemente das bacias tradicionais e novas bacias. 

O preço do produto é que está artificialmente elevado demais, apenas para beneficiar os supostos “donos” do mesmo. Os cálculos sobre as reservas de petróleo existentes no globo são meros palpites, pois sem conhecer a gênese do petróleo é impossível dizer ou fazer cálculos sobre as reservas da subsuperfície do planeta. No Brasil, as reservas ainda mal foram tocadas, seu potencial é incalculável. A nossa Estatal encarregada de pesquisar e produzir petróleo não tem número de sondas necessário para furar milhares (1000, 2000, …) de poços/dia (em torno de 50 dólares/bbl). 

O QUE É O PETRÓLEO 

Embora seja o produto mais usado entre os humanos, a maioria dos profissionais do petróleo não sabe o que é isso, ou seja não sabe o que é o petróleo. Uns dizem que é produto dos animais do passado, outros que ele nasce de folhelhos pretos, ou ainda os que imaginam que o petróleo se forma a partir do magma do interior do globo. A definição atual diz:

Petróleo é a energia do Sol armazenada em reservatórios geológicos na subsuperfície, como resultado da fotossíntese”. (leia aqui)

ABUNDÂNCIA OU RARIDADE DO PETRÓLEO

Outra novidade da pesquisa: não há meios nem modos de acabar com a quantidade de petróleo armazenada nas rochas da subsuperfície do globo, especialmente porque tal insumo se renova constantemente ao longo do tempo geológico, diferentemente do tempo humano, e por isso ele pode ser usado à vontade, com muitas vantagens para a humanidade, que serão vistas adiante. 

RELAÇÃO IDH/PETRÓLEO

Verifica-se por simples comparação que, quanto maior a quantidade de petróleo consumida por determinada população maior a sua classificação civilizatória (IDH). Em outras palavras, o grau de desenvolvimento de determinada população é diretamente proporcional a quantidade de petróleo consumida por ela. Ver tabela a seguir, construída com dados de órgãos oficiais a qual será estudada posteriormente.

RELAÇÃO PIB/PETRÓLEO


Ainda por comparação, também, fica evidente na mesma tabela, que quanto maior o uso do petróleo, maior e melhor é a classificação do produto interno bruto – o PIB. O PIB, neste caso é uma dependência da quantidade de ENERGIA consumida pelo país em estudo. Observação importante: não é a PRODUÇÃO DE PETRÓLEO que contribui para o desenvolvimento de um povo, É O CONSUMO!!!

Diante dessas evidencias, deste ponto em diante substituiremos o PIB (valor subjetivo, calculo complicado), e o IDH pelo Índice LHD – litros de petróleo/habitante/dia (valor objetivo) por uma razaosimples: é mais fácil de calcular, e os fatores que entram para o cálculo são objetivos. O Índice LHD É UMA FUNÇÃO DO MAIOR OU MENOR CONSUMO DE ENERGIA pelo povo sob estudo, isto é, maior o LHD (nosso índice) resulta maior PIB e correspondente maior IDH.

Por isso, deste ponto em diante usaremos apenas o índice LHD o qual é obtido pela divisão dos números da 4ª pela 5ª colunas obtendo-se a 6ª coluna que é o LHD procurado que corresponde aos outros dois índices (PIB e IDH).

A conclusão é uma novidade cientifica:


Para que se obtenha um valor de alto LHD (alto PIB ou IDH) ou de alto padrão de vida se faz necessário um alto consumo de combustível (petróleo), e para isso só existe um caminho: forçar um alto consumo de combustíveis baixando o preço dos mesmos. No Brasil o procedimento está no caminho oposto: aumenta-se o preço do combustível para reduzir o consumo, forçando para baixo a atividade econômica. Aqui se faz uma política de contenção do consumo via preços altos, para facilitar lucros para a estatal. Há que se baixar o preço dos combustíveis para provocar o seu uso e, consequentemente, que haja desenvolvimento do país pela criação de novas atividades econômicas de qualquer natureza, quando então se pode cobrar os impostos. A equipe econômica do governo não aplica a ideia porque a desconhece.

EXPORTAÇÃO DE PETRÓLEO                                                                                                                                                            fonte: Bp Eneergy Outlook 2035” BP Statistical Review of World Energy, 67 th Edition


Pretender se tornar um exportador de petróleo, nas atuais condições, é uma ilusão de leigos. Petróleo, para um país subdesenvolvido, NÃO É produto de exportação. É produto de consumo interno. Transforma-se a energia do petróleo em combustíveis baratos, trabalho para o povo, bens agrícolas ou industriais para exportação. Exportar energia em um país carente dela é crime de lesa-pátria, insensatez e ignorância. 


A FALÁCIA DO EFEITO ESTUFA E DO AQUECIMENTO GLOBAL


Os supostos “fenômenos” mencionados acima são frutos da imaginação de pessoas inteiramente desprovidas de qualquer conhecimento do funcionamento do globo terrestre, ou seja, de pessoas leigas em assuntos sobre a História Geológica e Estratigrafia. 


O resultado disso são as atuais reuniões das COP (Conferencia das Partes), nas quais arrecada-se dinheiro para promoção de reuniões infrutíferas, mas excelentes para promoções pessoais. Felizmente, começam a se desgastar com a saída do seu principal acionista, os EUA, e a ameaça da saída do Brasil.
O autor da “teoria do aquecimento global” e seus apoiadores não tem ideia mínima das características geológicas do globo, e expõem seus temores pessoais criando um panorama de pânico em governantes e na população. Além disso criam programas do tipo “créditos de carbono”, onde os mais ricos pagam altas taxas compensatórias pela produção de gás carbônico em seus parques industriais aos mais pobres, para que se mantenham na pobreza (país agrícola, sem queimar combustíveis). É atitude contraditória e amadorística relativa ao funcionamento do globo terrestre.

EXTINÇÃO DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

Os tópicos focalizados acima são de máxima importância política. Segundo eles, o atual Ministério do Meio Ambiente pode e deve ser extinto, pois impede e dificulta o desenvolvimento do país, apoiado em uma ideia vaga, geologicamente errada e extremamente prejudicial ao crescimento do país. Aqueles que são favoráveis ao desenvolvimento rápido, veloz (a maior parte do povo), precisam usar o máximo de combustível possível, tanto para incrementar o fator produção de bens e trabalho, como para preservar a vida na Terra, com maior produção de CO₂, evitando a desertificação da superfície do globo, desde que o percentual desse gás, hoje, na atmosfera é diminuto (+_ 0,03%). Se os políticos conhecerem a origem e o funcionamento da atmosfera certamente ficarão mais habilitados para argumentar a favor da ideia da extinção do Ministério do Meio Ambiente.

PIB, IDH e LHD

O PIB, o IDH e o LHD visto anteriormente são índices que se equivalem, mas apenas os dois primeiros são resultados obtidos em cálculos complicados, enquanto o LHD fornece a causa do subdesenvolvimento. Dizendo de outra maneira: o produto interno bruto e o índice de desenvolvimento humano são resultados dependentes ou resultantes do índice LHD (ver tabelas). O PIB e o IDH do Brasil são baixos ou fracos relativo aos outros países porque o LHD do Brasil é baixo ou fraco. Precisamos elevar o LHD do Brasil, e isso não pode ser feito nas atuais condições do estatismo. Estatismo em negócios de petróleo é sinônimo de corrupção, e os acontecimentos políticos recentes são provas irrefutáveis do que afirmamos. 

O programa estatal de produzir 4 milhões de bpd em 2030 é enganoso. Agora em 2018, com 210 milhões de habitantes, precisaríamos consumir 12 milhões de bpd para nos transformarmos em um país decente, e em 2030 estaremos com 230 milhões de habitantes (tendência do crescimento atual), precisando de inalcançáveis 15 milhões de bpd e provavelmente enfrentando uma guerra civil e em plena desordem econômica. 

A Petrobras foi indispensável em 1953 e décadas seguintes. Atualmente é um estorvo no caminho do progresso do Brasil. O povo do Brasil não sabe dessas coisas e apoia a Estatal brasileira, mas os jornalistas e políticos que estão no Congresso Nacional precisam saber delas para uma nova posição política/social, sobre o assunto.

ENERGIAS ALTERNATIVAS

É erro apelidá-las de alternativas. Não há alternativas para o petróleo. Os expedientes atuais, álcool de cana, azeite de dendê, usinas de vento etc., não têm capacidade de mover superpetroleiros, navios de guerra, supergraneleiros, nem o Antonov AN-225. Tais energias “alternativas” servem para pequenos negócios, iluminação de cidades balneárias, fazer funcionar parques infantis, aquecimento de água em condomínios e várias outras pequenas utilidades. Não se pode pensar em desenvolvimento de um país de 210 Milhões de habitantes com essas “energias alternativas”. As formas de energia alternativa são “curtos circuitos” no “Ciclo da Energia” geológico, o que significa pequenas doses da mesma energia do Sol, ainda em superfície, na forma de alimentos (cana, milho, soja, etc.)

Resumindo: para pequenos negócios: “energia alternativa” de superfície; para mover o Brasil (8,5 km2 e 210 milhões de habitantes): PETRÓLEO, petróleo e mais petróleo, a energia de subsuperfície. 

LIXO

O lixo das pessoas ou lixo doméstico é mais um problema, também dos geólogos e da Geologia. É um dos itens que compõe o Ciclo da Energia e tem de ser tratado como tal. 

A observação principal é que tudo o que está acima da linha da praia vira lixo e este lixo tem de ser devolvido para dentro do mar, ou colocado abaixo da linha da praia. Este comportamento foi, no passado, e é no presente uma Lei da natureza. A solução da popular “reciclagem” é fazer lixo duas vezes. O lixo reaproveitado volta a se transformar em lixo uma segunda vez.

Na superfície do globo só existem duas espécies de materiais, e ambos se transformam em lixo:

1. Lixo de origem mineral. Os resíduos das rochas originais formados pela atuação dos processos de sedimentação são levados pelas correntes fluviais até o mar, onde se depositam, formando as rochas sedimentares. 

2. Lixo de origem orgânica. Esse tipo de lixo se forma com os gases da atmosfera sob a energia do Sol, na forma de vegetais, após usados pelos humanos se transformam em montanhas de detritos para apodrecer à superfície nos conhecidos lixões.

Geologicamente, tudo o que se produz e se consome acima da linha das praias inexoravelmente passa para baixo da linha da praia e enterra-se no mar, como dissemos acima. A parte mineral transforma-se em rochas e a parte orgânica em petróleo.

Certamente não se pode jogar lixo de qualquer espécie nos arredores das cidades e ao nível do mar. Prejudicaria a indústria do turismo e provocaria o natural desprezo pela ideia.
Posto isso, qual a solução para o lixo das cidades?

A solução geológica é enterrar-se o lixo em poços especialmente construídos para isso nas rochas das formações costeiras, ainda em processo de sedimentação e ainda não consolidadas (plataforma continental).

Há que criar-se uma nova engenharia – engenharia de construção de poços para lixo orgânico – pois o lixo mineral, de qualquer natureza, deve ser descartado diretamente no fundo do mar, onde será incorporado aos fragmentos minerais preexistentes.