Código de Nomenclatura Estratigráfica: Uma História

A geologia, como as demais ciências praticadas na Terra (medicina, matemática química etc.), tem caráter mundial em suas características gerais. Dai que as regras para que ela se torne inteligível entre seus profissionais há que ter bases comuns para comunicação entre eles. As bases comuns em geologia são os mapas e as formações geológicas ou unidades de sedimentação que compõe o mapa. O mapa é a redução a uma folha de papel das rochas e suas inter-relações observadas no campo, de maneira tal, que se possa entender o que se passou em tempos remotos e compreender a realidade atual. O mapa reconstitui o tempo passado até o presente e permite fazer planos para pesquisa de bens minerais e/ou orgânicos no futuro, em cada uma das nações do globo. Enfatizando, o que se mapeia no campo é a formação geológica, a unidade básica dos mapeamentos geológicos, de maneira recuperar o tempo e a história que se passou na área pesquisada. Dessa maneira, sem que se conheça objetivamente, no campo, o que é uma formação geológica, é impossível fazer-se um mapa geológico, um código de nomenclatura ou tomar qualquer outra atitude relacionada à Geologia. Esta é a razão por que, aqui e alhures, até hoje, não existem nem mapas geológicos, nem um código estratigráfico correto.
 
Todos os estudiosos e cientistas da Terra, ao longo do tempo, sentiram o problema. Estamos há 145 anos da primeira tentativa de fazer-se um código, sem o conseguir. O Primeiro Congresso Internacional de Geologia foi convocado para realizar-se em Paris em 1878 …”to study uniformity in geologic reports with respect to nomenclature and map symbols[1].  Realmente, nunca houve acordo sobre o que mapear para que houvesse de fato um mapa geológico.

A textura foi a primeira característica da rocha a chamar atenção dos geólogos, para tentar caracterizar uma formação. Se a rocha era composta de matacões, areias, siltes ou argilas, ou se tinha uma cor bem distinta (vermelha, preta etc) era o bastante para ser chamada de formação. Posteriormente verificou-se que, tanto uma como outra característica eram comuns para muitas formações e isso gerava confusão.

Com a invenção do microscópio e a crença de que o instrumento era mais poderoso para estudo das rochas, apareceram os petrógrafos e uma nova especialização, a petrografia. Por trabalhar com instrumento mais sofisticado os petrógrafos passaram a ter mais autoridade, e por isso eram também mais consultados para estudar e nomear rochas e até especular sobre sua origem quando apareceram teorias mirabolantes e desse ponto em diante, as rochas passaram a ser contadas aos milhares.

Os paleontólogos deram contribuição significativa para aumentar a confusão fazendo uma conexão imprópria entre fósseis achados nos pacotes sedimentares e os próprios sedimentos. Nunca mais os geólogos mapeadores foram capazes de fazer um mapa, sem consultar as descrições petrográficas dos petrógrafos e esperar resultados de análises paleontológicas dos laboratórios de paleontologia. Existem mapas levados a sério dentro da Estatal brasileira de petróleo, que foram feitos apenas com esses recursos, não tendo por isso qualquer valor científico, mas, explicando o fracasso da pesquisa de petróleo naquela bacia[2]. As variações naturais das porcentagens de minerais formadores da amostra determinadas pelos laboratórios de petrografia, subjetivas que eram, davam origem a uma nova rocha e as coisas ficaram cada vez mais complicadas.
Entretanto, as tentativas de conseguir um meio que levasse ao esclarecimento sobre a origem das formações, não pararam por aí. Geomorfólogos, sedimentólogos, geocronólogos, geofísicos, geoquímicos, químicos, botânicos, zoólogos e mais quem tivesse uma ideia a partir de uma especialização, poderia sugerir uma nova ciência para esclarecer o que mapear. De fato, havia um fator de origem técnica que impedia chegar à formação geológica, que não podia ser superado naquele tempo. Era o problema da escala a ser usada no estudo. Todas estas ciências anteriormente nomeadas são praticadas em escalas muito grandes (escala humana), algumas ampliadas e com elas fica impossível conhecer o que é ou o que venha a ser uma formação geológica. O estudo deste objeto da natureza, a formação geológica, só pode ser feito com o auxílio de escala dez, cem e mil vezes menor (escala reduzida) do que as escalas usadas pelos técnicos dos estudos acima mencionados.

A confusão sobre o que mapear se tornou tal que, só nos Estados Unidos, em 1938, haviam 13.000 formações e possivelmente mais de 100.000 se fossem contadas as dos outros continentes.[3] Os americanos decidiram convocar o primeiro congresso de geólogos para tentar um consenso, alguma disciplina, uma ordem, sobre o que deveria ser apresentado em um mapa com a finalidade de facilitar o entendimento do que se chamava geologia naquele tempo (1878). O Primeiro Congresso Mundial de Geologia foi realizado em Paris e tinha como finalidade exclusiva a padronização dos mapeamentos e dos relatórios geológicos (…uniformity in geological reports with respect to nomenclature and map simbols). Desse encontro nasceu o que viria a ser o atual Código de Nomenclatura Estratigráfica e de lá (1878) para cá (2.023) a confusão apenas aumentou. Aumentou o número de geólogos, mapas, relatórios, congressos, escolas, etc., cada um com a sua filosofia própria e pessoal sobre o que deveria ser chamado de formação geológica, ou a unidade de mapeamento. Há geólogos que creem que dois mapas da mesma região feito por geólogos diferentes, sejam naturalmente diferentes. De fato, os dois mapas estarão naturalmente errados. O mapa geológico de uma região, se for feito corretamente, é único e imutável como a fotografia de uma pessoa ou de um objeto. Dois geólogos que saibam mapear, fazem dois mapas, da mesma região, exatamente iguais.

Os atuais participantes de congressos de geologia continuam a se preocupar com o assunto, sem que até agora tenham encontrado uma solução para o problema.

O Código Brasileiro de Nomenclatura Estratigráfica, uma espécie de tradução do código americano acrescido de mais e maiores complicações, não tem qualquer chance de funcionar, pois, certamente, é difícil nomear e descrever algo desconhecido, sem que a coisa nomeada se torne empírica, fluida e subjetiva. Uma de duas hipóteses existe: ou a natureza é confusa e jamais poderemos conhecer o seu funcionamento e origem das coisas, hipótese descartada, ou ela é de fato algo claro e simples, apenas que ainda não foi desvendada a maneira correta de estudá-la.

Só é possível estudar a natureza através de um mapa correto, e este só poderá ser construído se tivermos uma unidade definida para mapeamentos.
A formação geológica é um corpo rochoso existente, de fato, no campo. Apenas tende a passar despercebida devido ao seu tamanho. Ela é objeto de estudo em escalas diminutas, e não foi possível descobrir o que deveria ser mapeado ao tempo dos pioneiros, apenas porque não havia instrumentação e escala própria para que o estudo tivesse sucesso. Em outras palavras, não foi possível descobrir a existência da formação geológica antes, porque não havia sido descoberta uma maneira técnica de poder observá-la, predominando o resultado da observação pessoal feita pelos pioneiros, em escala inadequada, o que a tornava subjetiva nas descrições.

Dissemos acima, para poder observar o que é uma formação geológica há necessidade de escalas diminutas. Esta possibilidade só apareceu no Brasil em 1972, quando foram obtidas, pelo Projeto Radam, imagens de radar do território brasileiro em escala de 1/400.000 e ampliadas para 1/250.000. Essas imagens foram recortadas em quadrículas de um grau por um grau e meio que abrangem 18.481,5 km2, e, mesmo assim, uma quadrícula dessas, compreende parte mínima de uma formação. São necessárias várias delas para distinguir uma parte de qualquer formação. Para fazer-se ideia do tamanho de uma formação, tenha-se em conta que Zeta (novo nome dos basaltos marinhos que surgiram com a separação continental) cobre cerca de 70% da área do globo terrestre, enquanto a Formação Alpha (os granitos originais) aparece estimativamente nos 30% restantes e dos quais só 10% aflora, recoberta que está por formações ígneas e clásticas mais jovens.

A concepção da existência física de UMA e somente uma formação geológica dentro da Bacia do Recôncavo, veio do estudo da paleontologia.[4]  Na Bacia do Recôncavo, inexplicavelmente, ocorrem fósseis antigos misturados com fósseis jovens (fósseis anacrônicos nos mesmos sedimentos) sem que haja explicação para o fenômeno. Tal fato é absolutamente proibido pela 2ª Lei Geológica da Sedimentação descoberta no século XVII por Steno (1638-1686), a qual é INVIOLAVEL!

Entretanto, na Bacia do Recôncavo essa lei está violada e exige explicação geológica.

O Recôncavo não é uma bacia no sentido geológico do termo[5], mas o testemunho vivo de algo bem maior. A Bacia é a evidencia mapeável, real, do fenômeno maior conhecido como fragmentação continental ou separação continental, ou ainda sea floor spreading e isso muda tudo a saber:

1.    Os sedimentos do Recôncavo ocupam um lugar geográfico completamente diferente no qual se formou. A região atual é uma região de quietude sísmica, contraditório com o falhamento que originou a bacia de violência sísmica.  

2.    O falhamento que gerou a bacia, não é normal como aparece nos desenhos feitos pelos técnicos da Petrobras, mas reverso como aparece nos nossos desenhos.

3.    Os fosseis são REDEPOSITADOS E POR ISSO ESTAO MISTURADOS! E não podem mais ser usados como na ideia original de Smith que mapeou áreas sismicamente opostas ao caso do Recôncavo.

Para não serem admitidos sob este ângulo de visão são invocadas falsas soluções (desabamento das paredes dos poços, contaminação do fluido de perfuração, má lavagem dos equipamentos já usados em outros poços, diápiros etc) a título de explicação para justificar-se o fenômeno. De fato, na Petrobras, incorre-se em um erro técnico grave: mapear-se refossilizações. Os fósseis que ocorrem na Bacia do Recôncavo são todos redepositados ou refossilizados é o que se conclui do estudo detalhado dos poços construídos naquela bacia em busca de petróleo[6].

A inexplicada mistura de fósseis do período Cretáceo da Era Mesozoica, com fósseis do período Devoniano da Era Paleozoica e mesmo os fósseis mais abundantes do Cretáceo, que se misturam entre si (fósseis da formação Ilhas encontrados na formação Aliança, na formação Sergi etc.), causam confusão e prejudicam a correta exploração do petróleo da Bacia além de distorcerem a História Geológica.

[1] Principles of Stratigraphy. Dumbar. Carl O; Rodgers. J. John Wiley & Sons Incorp. London. 1958.pg 290.
[2] Pontes, Renato A.; Ribeiro, Carlos L. “Detalhe Geológico do Reconcavo Central.”. Relatorio Interno da Petrobras. 1964. DIREX/RPBA. Salvador. Bahia.[3] In Dumbar & Rodgers., Principles of Stratigraphy. New York. John Wiley & Sons Inc. 1957. pg 289.
[4] Ver na Internet o capítulo “Evidências do Erro Paleontológico” em “GEOLOGIA, PETRÓLEO, POLITICA E PODER”
[5] Local abaixo do nível de base onde se acumulam água e lixo. Atualmente os oceanos.
[6] (Ver “O Desastre Exploratório” em “Geologia, Petróleo, Política e Poder”

Os fosseis misturados de idades diversas existentes na Bacia do Recôncavo NÃO DATAM FORMAÇÕES GEOLÓGICAS. A mistura deles evidencia o fenômeno maior da explosão do globo que levou à separação e migração continental

Ora, se a natureza trabalha ordenadamente, é evidente que deve haver uma causa para o aparente absurdo dos fosseis misturados (corrupção da Segunda Lei da Sedimentação). A pesquisa esclareceu o assunto que se resume em, sabendo que os fosseis são redepositados, ou seja, estão misturados, redefinir a coluna estratigráfica da bacia determinando com isso a razão da mistura.

A estratigrafia da Bacia do Recôncavo como usada e exposta na “Revisão Estratigráfica da Bacia Recôncavo/Tucanoestá errada e, como chave da ciência geológica, necessita revisão e consequentemente um novo código. O assunto se torna mais importante porque o problema não se verifica só no Brasil. Realmente o panorama da ciência geológica no Brasil é apenas um reflexo da ciência praticada no resto do mundo.
A confissão de que a Geologia como atualmente entendida é confusa e desnorteada em todo o mundo é bem caracterizada em um livro publicado após um congresso sobre estratigrafia realizado em Bad Honnef (1982) nas vizinhanças de Bonn na antiga Alemanha Oriental, cujo título Stratigraphy, Quo Vadis? permite a interpretação de que a desorientação atual da ciência continua. Trinta e oito Doutores, mais dezesseis professores de quatorze países, ao fim do Congresso, continuaram tão inseguros como antes dele, porque nada foi resolvido sobre o problema central da Geologia: qual a unidade de rochas, e como mapeá-las.
A confissão de que a Geologia como atualmente entendida é confusa e desnorteada em todo o mundo é bem caracterizada em um livro publicado após um congresso sobre estratigrafia realizado em Bad Honnef (1982) nas vizinhanças de Bonn na antiga Alemanha Oriental, cujo título Stratigraphy, Quo Vadis? permite a interpretação de que a desorientação atual da ciência continua. Trinta e oito Doutores, mais dezesseis professores de quatorze países, ao fim do Congresso, continuaram tão inseguros como antes dele, porque nada foi resolvido sobre o problema central da Geologia: qual a unidade de rochas, e como mapeá-las.

A solução do problema foi dada no Brasil em 1986 em trabalho apresentado ao Congresso Brasileiro de Geologia realizado em Goiânia, quando foram descartadas as várias formações em que era subdividida a coluna estratigráfica da Bacia do Recôncavo (formação Aliança, Sergi, Ilhas, Candeias etc), substituindo-as por uma só: Formação Eta, no padrão do novo código aqui proposto. (fig acima à esquerda).

Observar no quadro acima, as duas colunas em conjunto para constatar a modificação procedida: na Coluna usada na Petrobras, os fósseis aparecem como se estivessem organizados, dando como resultado a coluna estratigráfica incompreensível, confusa e errada. Na nova Coluna, as rochas estão organizadas como encontradas no campo. Os fósseis estão naturalmente desorganizados e justificados historicamente, resultando numa Estratigrafia coerente e especialmente simples.

A configuração da atual Bacia do Recôncavo, é o resultado do ajuntamento na mesma deformação negativa, dos sedimentos preexistentes em duas bacias fossilíferas diferentes ao tempo da sua deposição. Neste caso, simplificadamente, na Bacia do Recôncavo existem apenas cinco formações geológicas, três das quais (Alpha, Beta e Kappa) sem importância para exploração de petróleo:

1. A Formação Alpha, ou os granitos do embasamento;
2. Restos erodidos da Formação Beta;
3. Restos erodidos da Formação Épsilon;

4. A Formação Eta – A principal armazenadora de petróleo;

5. Restos da cobertura horizontal da Formação Kapa.

A textura dos clásticos que formam Eta é de clásticos finos e grosseiros, o que evidencia que a área-fonte dos sedimentos fica perto do seu local de deposição. A existência da falha observada no embasamento conhecida como Falha de Salvador, sugere o levantamento e o basculamento daquela parte do embasamento com a deposição ao seu lado, dos sedimentos pré-existentes sobre ele. (Ver a História Geológica resultante deste estudo).

O raciocínio sobre a origem da Bacia do Recôncavo, gerou a ideia da lei que governa a arquitetura de uma formação geológica:

um corpo rochoso formado na litosfera como produto final da gravidade atuante no núcleo do planeta.

A litosfera é passiva. Move-se impulsionada por movimentos que acontecem no magma do manto, gerando em superfície várias estruturas, inclusive as formações geológicas. Desse critério de estudo surgiram três conclusões importantes para a história da Terra:

  • são apenas onze as formações existentes constituindo a litosfera do globo;

  • a mistura de fósseis antigos e jovens nos mesmos sedimentos é uma evidência física e a chave para se compreender a separação e a migração continental.

  • A Bacia do Recôncavo como um todo, é uma evidência física das mais claras do fenômeno que deu origem à separação continental e a nova geografia do globo terrestre.

    A sucessão vertical das formações geológicas, recupera a história geológica e simplifica o problema do tempo que não mais depende de análises paleontológicas ou geocronológicas, permitindo a compreensão do processo econômico dependente de estudos geológicos especialmente para exploração de petróleo.

    Entre esse benefícios encontra-se a solução para o que mapear e como distinguir e nomear as formações por critérios puramente físicos verificados no campo.

    Sucintamente, são onze formações, cada uma representando um período de tempo geológico, o que une rocha e tempo indissoluvelmente, coisa impossível de conceber se o tempo for determinado por métodos espúrios (paleontológicos ou geocronológicos).

    As onze formações que determinam os períodos geológicos, são contadas antes e depois da separação continental, fato que determina as eras geológicas, e uma dessas formações, precisamente a mais jovem (Formação Lambda), está em pleno processo de sedimentação ou construção.

    Conhecida o que é uma formação, o código de nomenclatura fica fácil de conceber, facilitando os mapeamentos feitos com a nova estratigrafia global. Sem conhecer o que é uma formação geológica no campo, as tentativas de fazer um código são inúmeras, variadas, inócuas o sucesso nulo e continuaremos sem mapas geológicos per omnia saecula saeculorum.


    Proposta de um novo código.

    O NOVO CÓDIGO

BASE FILOSÓFICA DO CÓDIGO

Art. 1o – Este código tem como princípio o fato da Geologia ser uma ciência histórica e a Estratigrafia ser a chave dessa história.

Art. 2o – Sua base é a formação geológica, como será referida daqui por diante, sendo ela a unidade apropriada para mapeamentos regionais ou estratigráficos.

Art. 3o – Os mapeamentos regionais ou estratigráficos têm por objetivo a recuperação da história geológica das áreas mapeadas, com finalidade de conhecer as possibilidades econômicas das diversas formações e indicar a maneira correta de explorá-las.

DAS UNIDADES DE ROCHA

 Art. 4o – A unidade básica para mapeamento geológico é a formação geológica.

Art. 5o – Uma formação geológica é identificada pela sua litologia.


Art. 6o – A litologia de uma formação compreende os seguintes parâmetros os quais fazem parte da sua descrição: nome da formação, origem, ocorrência, correlações, posição estratigráfica, texturas, estruturas, composição mineral, propriedades físicas e economia.

Art. 7o – Os limites superior e inferior de uma formação, ou os seus contatos, são discordâncias.

Art. 8o – O coletivo de formação é um grupo que é termo de referência, mas não é mapeável.

 
São dois os grupos existentes no globo: o primeiro grupo formou-se antes da separação continental e o segundo, depois.

Art. 9o – Parte de uma formação é um membro e seu mapeamento é facultativo dependendo da sua importância econômica ou científica.

DAS UNIDADES DE TEMPO

 Art. 10o – A unidade de tempo geológico é o período e necessariamente corresponde à espessura de uma formação, sem conotação com número de anos.
Obs. – São onze os períodos geológicos: cinco gravados na segunda era e seis na terceira era.

Art. 11o – O coletivo de período é uma era.
Obs. – São três as eras geológicas. A primeira não foi gravada litologicamente. A segunda e a terceira são referidas a antes e depois da fragmentação continental.

Art. 12o – Parte de um período é uma época e corresponde a um membro de uma formação.

NOMENCLATURA DAS UNIDADES DE ROCHA

Art. 13o – A nomenclatura da unidade de rocha é formada de dois verbetes: a palavra formação seguida da letra do alfabeto grego correspondente à unidade como definida (ver a descrição das formações.). Quando conveniente, o primeiro verbete pode ser abstraído. Ex. formação Alpha ou apenas Alpha.

Art. 14o – A nomenclatura do grupo é formada por esta palavra, seguida do nome do fenômeno físico ligado ao grupo, com a terminação iânico. Ex.: Grupo Atlantiânico para as formações aparecidas após a separação continental ou Grupo Pangaeiânico para a formações sedimentadas ao tempo do monocontinente.

Art. 15o – A nomenclatura do membro se faz com esta palavra, seguida de um nome geográfico conveniente.

NOMENCLATURA DAS UNIDADES DE TEMPO

 Art. 16o – A nomenclatura das eras é feita com a palavra ERA, seguida do verbete correspondente ao acidente físico que a caracteriza, com a terminação iânica. Ex. Era Atlantiânica.

Art. 17o – A nomenclatura do período se faz com esta palavra seguida do nome da formação correspondente, com a terminação iano. Ex. Período Alphaiano, Betaiano etc. A terminação caracteriza o tempo e dessa maneira, quando conveniente, pode-se abstrair o verbete “período”.

Art. 18o – A nomenclatura da época é feita com o nome da formação, seguida do designativo superior, médio e inferior. Ex.: Eta inferior, Eta superior; Kappa médio etc.a