Geologia e Petróleo

 

GEOLOGIA E PETRÓLEO: UM ESTUDO DE ECONOMIA 

O petróleo como substância da natureza é conhecido desde a mais remota antiguidade e foi usado pelos povos daquele tempo conforme as suas necessidades. Continua a ser usado hoje em dia da mesma maneira, apenas dentro das necessidades dos povos atuais, que são diferentes e muito maiores do que antigamente. Este desenrolar de acontecimentos emitidos nas quatro linhas acima se passou ao longo de séculos, e os povos foram ficando insensibilizados sobre o papel e a importância do petróleo na vida da humanidade, a ponto de haver nos dias de hoje, por parte de um grupo de desinformados, uma campanha direta contra o uso do mesmo a título de combater a poluição, e preservar o clima do globo. Evidente que tais pessoas, bem ou mal-intencionadas, não conhecem nem o clima do planeta e muito menos o petróleo e o seu papel perante a natureza da Terra. 

Devido ao crescimento da população e, especialmente, pelas necessidades surgidas com as guerras constantes entre os humanos, desde as religiosas até as territoriais e ideológicas, o petróleo mostrou-se de utilidade imprescindível exigindo por isso um aperfeiçoamento constante de toda sua tecnologia, desde a busca até a aplicação das suas propriedades em todas as fases da atividade humana. Tudo o que foi escrito acima fica melhor evidenciado observando a figura abaixo. Em verde a árvore dos derivados do petróleo antigamente. A arvore maior, representa os derivados no fim de século passado e ainda não foi feita a ilustração dos produtos de petróleo para esta primeira parte do Século XXI.

ESTRUTURA DA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO

A indústria do petróleo se completa em duas fases distintas. A primeira fase consiste na busca ou pesquisa da fonte, que é chamada de “up-stream”, fase que inclui o mapeamento do território a ser pesquisado, até encontrar um poço produtor. Da boca do poço produtor em diante é a fase do “down-stream”, que é também a parte mais fácil de ser enfrentada. O down-stream é uma consequência do up-stream. O up-stream é a parte imaginativa da teoria geológica que consiste na construção do mapa geológico da concessão, determinar as locações da sonda e como proceder para descobrir novos reservatórios de petróleo na subsuperfície ou no acompanhamento da construção do poço. Não depende de aparelhos ou estudos matemáticos, mas de um mapa geológico perfeito. Encontrado o petróleo passa-se ao downstream, um trabalho para engenheiros e economistas. Outra ideia para descrever as duas fases em termos econômicos: o UPstream é a busca da riqueza. O DownStream é a distribuição da riqueza achada.

Neste trabalho estudaremos apenas a primeira parte, a parte da pesquisa e o seu papel no desenvolvimento dos povos. Esta é também a parte mais difícil.

PETROLEO, A MOLA-MESTRA DO DESENVOVIMENTO SOCIAL

Como frisado em outra parte deste trabalho, todos os fenômenos passados na Terra são frutos de um sistema evolutivo, governado pela perda gradativa do alto grau de energia inicial do globo. O trabalho humano é também, fruto dessa evolução coadjuvado pelas máquinas a sua disposição ao longo do tempo. Ao princípio foram os músculos ou os braços dos homens primitivos. Aproveitou-se depois a força dos animais. Seguiu-se o aproveitamento da força dos ventos até chegar a vez das máquinas a vapor seguindo-se finalmente, as que funcionam com a força do petróleo que usamos hoje. Em 1876, Nikolaus A. Otto (1832-1891), patenteou o motor de quatro tempos e mais tarde, em 1897, Rudolf Diesel (1858-1913) apresentou o motor “ciclo Diesel” e a historia da  humanidade tomou outro rumo. Passamos a depender dos motores movidos a petróleo para todas as nossas atividades e necessidades.

Depois dessa constatação passamos a pesquisar petróleo por métodos os mais científicos possíveis a cada época da saga humana pagando-se preço muito alto devido aos limites da ciência daquelas épocas: havia que se perfurar as rochas para chegar-se às minas de petróleo e para isso desenvolveram-se as máquinas de perfuração. A história dessas máquinas é fascinante e poderá ser consultada pelos mais curiosos, em literatura especializada[1]. Segundo a história, as máquinas eram montadas a partir dos “ferros velhos” existentes, com os quais se montavam “armengues” monumentais, que eram usados para “achar” o ouro negro. Ao longo do tempo essas máquinas se tornaram verdadeiras obras de arte chegando hoje, quase ao sonho do total automatismo.

A prática da pesquisa mostrou que os reservatórios eram muito grandes o que fez surgir um novo problema. Onde fazer um novo poço para expandir o novo campo? Para onde mudar a sonda? E surgiram diversas possibilidades ditadas pela imaginação dos cientistas daquele tempo: no topo das colinas? Nos vales dos rios? No topo dos anticlinais? E a cada nova ideia havia novas decepções ou ao contrário renovava a esperança de que o petróleo obedecia determinada “lei” de acumulação nas rochas lá embaixo. Apareceram os rudimentos de como seria a ocorrência do petróleo na subsuperfície. Surgiram os adivinhos, radiestesistas, que adivinhavam alçapõesestruturas abertas e/ou fechadasestruturas discordantessinclinais e anticlinais e outras maneiras imaginativas que eram usadas para justificar tanto os poços produtores como os secos e abandonados. A Bacia do Recôncavo foi, e continua sendo, muito pródiga nessas justificativas. O problema da locação do poço, aparentemente, ficaria “solucionado[2] com o aparecimento da sísmica no início do século passado, mas era só aparentemente…

No último quarto do século XX e os primeiros anos do atual, a engenharia do petróleo melhorou extraordinariamente, em função da criatividade imaginativa, principalmente dos americanos. Eles saíram dos “armengues” mencionados anteriormente e trabalham hoje com verdadeiras maravilhas do automatismo da era dos computadores. A geologia, ao contrário, mais difícil que era, andou para traz. As tentativas de mapear e de datar as coisas mapeadas, nunca passaram de meras tentativas e na última parte do século passado, quando surgiram os computadores, apareceram os meios de “mapear” mais coloridos, mais velozes, mas, tão errados quantos os da era anterior a eles.

A Petrobras virou pasto para aproveitadores e aventureiros, e atualmente não se tem certeza sobre o futuro da estatal brasileira. Por quê?

Ela foi fundada em 1953 evoluindo de outra estrutura estatal chamada Conselho Nacional do Petróleo, popularmente CNP. O CNP, por sua vez, também vinha de outro organismo do estado o Departamento Nacional da Produção Mineral.  Nesse ambiente foi formado o espírito e os homens da Petrobras original: pouquíssimos recursos, burocracia pesada, lentidão e natural desconhecimento do que se estava a fazer. 

Os primeiros cientistas que deram as tintas iniciais na “geologia” que se praticou daí em diante chegaram ao Brasil em 1860 e tais estudos se desenvolveram lentamente, ao longo do tempo culminando com o trabalho “Revisão Estratigráfica da Bacia do Recôncavo/Tucano”, Relatório DIREX N0 1381 de dezembro/1970, já nos tempos Petrobras, sem qualquer espécie de progresso científico, pois tudo dependia de análises paleontológicas, o método científico da época. A “Revisão” surgiu também, para antepor-se a este trabalho que, por aquela época, já chamava atenção para o erro científico que se vinha cometendo desde os tempos mais antigos, pelos pioneiros que por aqui passaram.

Ao tempo em que aqueles pioneiros trabalharam, no século XIX, a despeito dos seus altos gabaritos intelectuais, foram cometidos erros sobre problemas que preocupavam todos os cientistas da área no âmbito mundial: a datação das rochas que formavam a crosta terrestre. Ninguém sabia como fazer aquilo. A nomenclatura e a montagem da coluna estratigráfica das rochas do território brasileiro, foram feitas com os elementos científicos que se tinha àquela época e por isso ela saiu distorcida piorando muito com a tentativa de adaptar-se às descobertas que aos poucos apareceram com o estudo paleontológico. Note-se ainda, que o problema não era somente do Brasil, mas de todo o mundo científico.

Em 1874 cientistas da Itália e Espanha iniciaram ações para a realização de um congresso mundial de geologia que acabou por se realizar em Paris, em 1878, já com o apoio dos geólogos americanos, também interessados no assunto. São 138 anos de distância temporal entre as datas, 1878 e 2008 quando foi publicado o resultado desta pesquisa, que não foi reconhecida continuando-se sem o mapa.

Que tem isso a ver com a pesquisa de petróleo? Tem tudo a ver: sem a definição do problema estratigráfico, que é a mesma coisa que a ordenação do conhecimento, não há história geológica, nem mapas podem ser feitos, e sem mapas, produzir petróleo é um caso de pura sorte, que funciona devido a abundância da substância na natureza, mas é antieconômico, como se constata internacionalmente e em especial no caso da Bacia do Recôncavo, por conta da Petrobras. 

Sem a definição da unidade de mapeamento não se pode construir um mapa geológico e sem o mapa fica-se perdido, dependendo-se da sorte e de crendices muito abundantes entre os chefes do serviço. A Bacia do Recôncavo é exemplo típico dessa situação, e está sendo abandonada porque não existe um mapa geológico do Recôncavo.

Sem um mapa para orientação, a pesquisa fica órfã, aleatória, dependendo somente do fator sorte, pensamento muito cultivado na Petrobras pela altura dos anos 60/70. Havia os engenheiros e/ou geólogos que tinham ou davam sorte. Eram os “pé-quente”. A crença chegou a tal ponto que ao sucesso de uma locação, foi determinado que para a locação seguinte fosse levado todo o equipamento, desde a sonda, a equipe, até o cachorro que frequentava a locação pelos restos de comida que sobravam depois das refeições da equipe…evidente por si mesmo ser impossível descobrir petróleo por tal método, para abastecer uma nação de mais de duzentos milhões de habitantes.

De tanto observar o acontecimento do problema, os engenheiros do serviço de perfuração da companhia criaram um aforismo: quem descobre petróleo é a sonda e não ligavam para as teorias que surgiam conforme o resultado do poço perfurado. Mas, de qualquer maneira a companhia progredia, mostrava frutos, e continuava crescendo. Cresceu o número dos seus funcionários e eles se endonaram da companhia. A Petrobras passou a um status novo. Não era mais do Brasil, mas de seus funcionários. Dentro da companhia criou-se um departamento de propaganda cujos lemas, até hoje, fazem efeitos: “O petróleo é nosso” ou, “a Petrobras é intocável”. Criou-se um mito cujos beneficiários eram os empregados da companhia. Era um privilégio ser funcionário da Estatal. Entretanto o motivo real da existência da companhia, o motivo real da sua criação, era o abastecimento de petróleo para a população do Brasil, e isso ficara prejudicado. Por quê? Porque é a população do país inteiro que precisa da Petrobras. São 50.000 funcionários beneficiadas e mais de 200 milhões de habitantes prejudicados. O departamento de propaganda da companhia se incumbe de manter a tradição e o equívoco técnico que prejudica a companhia e o Brasil, continua a ter efeitos negativos.

A tese central deste trabalho é:

O PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) E O GRAU DE DESENVOLVIMENTO DOS POVOS E NAÇOES (IDH) SÃO GRANDEZAS DIRETAMENTE PROPORCIONAIS AO SEU CONSUMO DE ENERGIA DE PETRÓLEO.

Uma nação não é grande e por isso consome muito petróleo. Ela é grande porque consome muito petróleoA causa é consumir muito petróleo. O efeito é ser potente forte e desenvolvida.

Qualquer máquina, um automóvel por exemplo, corre mais quanto mais combustível ele admite ou queima no seu motor. Aperta-se o acelerador, diz o povo, e o carro corre mais! Um atleta maratonista ou nadador ou fundista, lançador de peso ou saltador em distância ganhará a competição se dispender mais energia do que os outros, se suar mais a camisa, como diz o povo.

Resumindo: em uma competição de máquinas e condições ideais, a que consumir mais energia ou gastar mais combustível será sempre a mais eficaz. Pode-se evidenciar essa afirmativa, analisando as tabelas abaixo construídas para isso. 

Vamos demonstrar que a eficiência de qualquer país ou o seu IDH ou PIB pode ser medida mais facilmente, pela quantidade de combustível que ele gasta por unidade de tempo. 

O problema se reduz a manter a população, sempre abastecida de combustível, fator que determina e provoca trabalho e por consequência riqueza. Esta então, faz variar sempre para maior a quantidade de combustível necessária, de maneira mantê-la constantemente abastecida. 

Quando a Petrobras foi fundada, em 1953, a população do Brasil passava dos 52 milhões de habitantes e produzia ao redor de 2.660 bpd que era quantidade irrisória para a população daquela época. Em 2.015 a população do Brasil é maior do que 215 milhões de habitantes e a Petrobras produz cerca de 2 milhões de bpd consumindo 3.229.000 bpd[3].

Aplicando a fórmula de avaliação do IDH brasileiro constata-se que em 1953 o índice era baixíssimo ao redor de  0,008 LHD (litros de petróleo/habitante/dia). Em 2014 a população quadruplicou passando de 200 milhões de habitantes e o consumo elevou-se para 3,229 milhões de bpd. Expressado em LHD verifica-se que, segundo os novos números, o índice elevou-se para 2,51 LHD. Os números mostram que melhoramos na comparação com o passado e estagnamos se comparados com as principais economias do mundo. Vamos demonstrar a afirmativa estudando a tabela da. página 7 com dados de 2014.

Nosso objetivo com as tabelas é demonstrar uma tese surgida deste trabalho: o desenvolvimento de uma nação, em qualquer tempo do passado e agora no presente depende da força usada na movimentação das máquinas do povo em estudo. 

As tabelas mostram o que afirmamos na paragrafo anterior, isto é, atualmente as nações que CONSOMEM petróleo abundante são mais desenvolvidas ou melhores que as que não o fazem. As primeiras são chamadas de desenvolvidas e as outras de subdesenvolvidas e esses qualificativos descrevem ou definem a nação sob estudo.

Acentuando o tema do estudo: estudaremos o ponto de vista 

CONSUMO DE PETRÓLEO.

AS TABELAS

Para entender o trabalho há necessidade de explicar a origem das tabelas e a estrutura delas para tornar claro os resultados e as conclusões que seguirão. São tabelas de classificação referidas pelos seus títulos. A tabela I é a classificação pelo PIB/capta (Produto Interno Bruto/capta) e II é a classificação pelo LHD (litros de combustível por habitante por dia). Os dados foram obtidos em fontes diversas:

·      A coluna 2 é da BP Statistical Review of World Energy, 2015 mostrando o consumo dos países da coluna 1 em bpd (barris de petróleo por dia).

·      A coluna 3 é o número da coluna 2, multiplicado por 159, que é o número de litros contidos em um barril, e mostra o consumo de cada país em litros de petróleo por dia.

·      A coluna 4 é a população do respectivo país, fornecido pela Central Inteligence Agency (CIA) no World Fact Book.

·      A coluna 5 é o LHD ou os números da coluna 4 divididos pelo da coluna 5, ou litros de petróleo consumido por cada habitante por dia, do referido país.

·      6a coluna é o PIB/capta, em dólares, também fornecido pelo World Fact Book da CIA. 

·      A 7a coluna é o IDH ou Indice do Desenvolvimento Humano, segundo critérios concebidos pela ONU (Organização das Nações Unidas) para avaliar a qualidade de vida e o desenvolvimento econômico de uma população. Foi colocada apenas para reforçar a tese que queremos demonstrar.

·      Finalmente a 8a coluna mostra a classificação com números variáveis conforme os critérios da avaliação. Na primeira tabela a variável é o PIB/capta (6a coluna) e na 2a é o nosso LHD. (5a coluna), onde se constata que há mudança na classificação do país em estudo, dentro do grifo, mas não há mudança entre os grupos, indicando que os dois critérios se equivalem.

Os diversos países do mundo, sob visão geológica, se desenvolveram ao longo do tempo desordenadamente influenciados, principalmente, pelas conquistas dos fracos pelos mais fortes, em linguagem mais clara, impulsionados pelas guerras. As guerras de conquista e o ganho de territórios eram, portanto, os fatores principais do expansionismo dos povos. Tudo dependia da força usada para vencer o outro e, para isto construíam-se armas cada vez mais letais, desde a força individual até os exércitos e marinhas mais poderosas e mais eficientes em todas as frentes, tudo é uma dependência do fator combustível para mover os trabalhadores envolvidos na eficiência da máquina estatal. Para sustentar tal status é necessário o trabalho continuado de todo o povo do país. É o povo o responsável pela produção dos bens que são gerados no país. O povo trabalha movido a petróleo. Sem petróleo não há trabalho. A educação, agricultura, as pesquisas, a limpeza, os divertimentos, a saúde, o sistema viário, a justiça, as artes e as letras, o sistema governamental e outras entidades do conhecimento das pessoas, só funcionam se tiverem muito combustível à sua disposição, os EUA como exemplo. 

Atualmente a força usada para vencer qualquer inimigo é o petróleo. Quem consome mais petróleo naturalmente é mais forte e mais bem equipado que qualquer outro, os EUA como exemplo. Quando não se tem o combustível, compra-se de quem o tem. Exemplos interessantes são a Suíça o Japão e Cingapura que não produzem uma gota de petróleo, mas mantem suas taxas de consumo bem alto para conservá-los na faixa dos países desenvolvidos.

A tabela mostra que há concordância entre as classificações mostradas nos três critérios: o IDH da ONU, o PIB/capta dos economistas em geral e o do novo critério LHD. 

Qual deles é o mais prático? Por quê? 

Porque o PIB e o IDH são números baseados em fatores de difícil obtenção, mas que dependem do uso do petróleo. O critério da ONUleva em conta apenas a saúde a educação e a renda dos habitantes e nenhum desses itens pode ser razoavelmente alcançado sem que se tenha um alto número de LHD, sem que haja um alto consumo de hidrocarbonetos. Tanto os cientistas da ONU como os economistas do mercado que calculam o PIB, buscam por via complicada o resultado que o geólogo obtém com facilidade partindo de um princípio básico: no mundo atual, nada se faz, nada se constrói ou se fabrica sem petróleo. Apenas os economistas desconhecem o fato, daí que se complicam calculando detalhes.

O índice proposto por este autor para substituir os outros dois, tanto o IDH da ONU como o PIB tradicional dos economistas, têm a capacidade de mostrar o nível de riqueza de uma nação qualquer sob análise, com a diferença de que o nosso LHD é mais simples, mais fácil de compreender e indica a direção sobre o que se deve tomar para desenvolver uma nação qualquer. 

Façamos uma nota importante: não há ou, não existem  fontes alternativas ao petróleo. É uma lenda nascida de uma das crises do petróleo, não tem fundamento científico, mas tem uma característica importante: é antieconômica. A “energia alternativa” (soja, cana de açúcar, dendê etc.), é a energia ou alimento de sustentação dos animais, incluindo a humanidade, na superfície do globo. A energia do Sol cria a energia de superfície (animais e vegetais) e depois, todos nós, inclusive os animais, depois da morte, se transformam em petróleo na subsuperfície. Ver o ”O Ciclo da Energia[4].

A fonte de energia dos animais e vegetais, ou seja, a energia contida em animais e vegetais é a energia do Sol que ainda se encontra na superfície do globo, obviamente em uma fase intermediaria para posterior armazenamento definitivo (V. “O ciclo da Energia[5]”). Falar em energia alternativa é não conhecer problemas de energia, criando um boato fácil de ser passado adiante pelo estado de indigência cultural da população mundial, ainda em fase muito precária. Cana de açúcar, soja, dendê, babaçu e outras plantas que fornecem energia, não constituem novidade (qualquer vegetal “pega fogo”), mas, sendo energia em três dimensões, não servem como combustível de máquinas industriais.

CLASSIFICAÇÃO PELO PIB/capta

PAÍSES DESENVOLVIDOS

Países Consumo em bpd Consumo em litros População LHD PIB/Capta dólares   IDH   Classif.
Cingapura 1273000 202407000 5674500 35,67 85,300 0,912 1o
Noruega 238000 37842000 5202700 7,27 68,400 0,944 2o
Suíça 224000 35616000 8121830 4,38 58,600 0,930 3o
EUA 19035000 3026565000 321369000 9,42 55,800 0,915 4o
Suécia 307000 48813000 9802000 4,97 47,900 0,907 5o
Alemanha 2371000 376989000 80854400 4,66 46,900 0,916 6o
Dinamarca 158000 25122000 5581500 4,50 45,700 0,923 7o
Canada 2371000 376989000 35100000 10,74 45,600 0,913 8o
Bélgica 631000 100329000 11324000 8,86 43,600 0,890 9o
França 1615000 256785000 66553800 3,86 41,200 0,888 10o
R. Unido 1501000 238659000 64088000 3,72 41,200 0,907 11o
Coréia Sul 2455000 390345000 49115200 7,95 36,500 0,898 12o
Itália 1200000 190800000 61855100 3,08 35,700 0,873 13o
Espanha 1205000 191595000 48146100 3,98 34,800 0,876 14o
 
  PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS  
Chile 355000 56445000 17508300 3,22 23,200 0,832 15o
Argentina 662000 105258000 43432000 2,42 21,500 0,836 16o
México 1941000 308619000 121737000 2,53 17,500 0,756 17o
Brasil 3230000 513570000 204260000 2,51 15,600 0,718 18o
Colômbia 310000 49290000 46737000 1,05 13,600 0,720 19o
Equador 259000 4118000 15868300 0,26 13,600 0,732 20o

Organizada pelo PIB, a classificação se apresenta com os mais desenvolvidos na parte superior da tabela com a Espanha no último lugar e 34.800 dólares para cada um dos seus habitantes. 

A posição do Brasil é péssima e reflete o panorama que se ouve a cada manhã nos jornais: assassinatos, roubos, tiroteios, centenas de mortos a cada ronda da polícia, corrupção, políticos e politica contaminada por empresários desonestos e fatalmente corrompidos, crianças abandonadas, falta de hospitais e serviços de saúde para o povo e todas as mazelas que caracterizam o subdesenvolvimento.

Se os números da nossa produção e consumo de petróleo forem mencionadas sem conotação com as consequências disso advindas, a estatal brasileira merece elogios e aplausos. Se ela for contextualizada como estamos fazendo, percebe-se de imediato a causa final e primaria do subdesenvolvimento brasileiro: nosso consumo de petróleo é baixíssimo se comparado com os países da parte superior da tabela. 

Quando se compara os números da ilha de Singapura, com 697km2 de superfície, população de 5.674.500 habitantes e PIB de 85.300 dólares por cada habitante conclui-se que há algo errado com o Brasil cujo território é de 8,5 milhões de kme população maior do que 215 milhões de habitantes. A corrupção, o analfabetismo, a saúde precária e serviços públicos de segunda classe NÃO SÃO a causa do nosso fracasso. São consequências da falta de combustíveis para consumo da população.

CLASSIFICACAO PELO INDICE DE CONSUMO DE PETRÓLEO (LHD)

Países Consumo em bpd Consumo em litros População LHD PIB/Capta em dólares   IDH Obs.
Cingapura 1273000 202407000 5674500 35,67 85,300 0,912 1o
Canada 2371000 376989000 35.100.000 10,74 45,600 0,913 8o
EUA 19035000 3026565000 321369000 9,42 55,800 0,915 4o
Bélgica 631000 100329000 11324000 8,86 43,600 0,890 9o
Coréia Sul 2455000 390345000 49115200 7,95 36,500 0,898 12o
Noruega 238000 37842000 5202700 7,27 68,400 0,944 2o
Suécia 307000 48813000 9802000 4,97 47,900 0,907 5o
Alemanha 2371000 376989000 80854400 4,66 46,900 0,916 6o
Dinamarca 158000 25122000 5581500 4,50 45,700 0,923 7o
Suíça 224000 35616000 8121830 4,38 58,600 0,930 3o
Espanha 1205000 191595000 48146100 3,98 34,800 0,876 14o
França 1615000 256785000 66553800 3,86 41,200 0,888 10o
R. Unido 1501000 238659000 64088000 3,72 41,200 0,907 11o
Chile 355000 56445000 17508300 3,22 23,200 0,832 15o
Itália 1200000 190800000 61855100 3,08 35,700 0,873 13o
  SUBDESENVOLVIDOS
México 1941000 308619000 121737000 2,53 17,500 0,756 17o
Brasil 3230000 513570000 204260000 2,51 15,600 0,755 18o
Argentina 662000 105258000 43432000 2,42 21,500 0,836 16o
Colômbia 310000 49290000 46737000 1,05 13,600 0,720 19o
Equador 259000 4118000 15868300 0,26 13,600 0,732 20o

Qual a vantagem de usar o índice LHD? Porque ele é:

1.     simples e prático na maneira de calcular,

2.     mostra a causa do subdesenvolvimento e 

3.     indica o que fazer para corrigir o mesmo.

Por exemplo, vamos usar o caso específico do Brasil, partindo das condições atuais mostradas na tabela.

A tabela mostra que o Brasil consome 2,51 litros de petróleo por cada um dos seus habitantes indicando, por comparação, que é um país subdesenvolvido razão pela qual tem Produto Interno Bruto (PIB) muito baixo (15,600 dólares/capta) o que leva a serviços precários de saúde publica, educação, saneamento básico, alto grau de corrupção etc., confirmado pelo baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH=0,755).

Entretanto agora podemos saber por que, e podemos usar um roteiro para solucionar o problemaaumentar o consumo dos combustíveis pelo povo retirando impostos sobre o consumo deles, em todo território nacional

CONTINUAR PARA O FINAL!  Estou com preguiça de finalizar… Que faço?????

Anderson Caio.


[1] History of Oil Well Drilling – J.E. Brantly. Gulf Publishing Company. Book Division. Houston, London, Paris, Tokyo. 1971. 1525 pgs. e

Where It All Began. The History of the People and Places Where the Oil & Gas Industry Began. David L. McKain and Bernard L. Allen, Ph.D. In Cooperation with The Oil & Gas Museum, Parkersburg, West Virginia. June 1994.

[2] http://www.panoramatech.com/papers/history/node2.php.

[3] BP Statistical Review of World Energy, 2015 

[5] www.petroleoeecologia.com.br

Anderson Caio